11:24 PM
12 de novembro de 2025

Após três anos, PM, acusado de assassinar lutador Leandro Lo, passa por júri

Após três anos, PM, acusado de assassinar lutador Leandro Lo, passa por júri

PUBLICIDADE



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após três anos, o tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador Leandro Lo, em 2022, passa por júri nesta quarta-feira (12). A audiência teve início às 11h30 no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste, e a previsão é que o júri dure três dias.

Ao todo, serão ouvidas nove testemunhas, entre as de acusação e defesa. Em seguida, vai acontecer um interrogatório do réu e o debates entre promotores do Ministério Público e assistentes da acusação e os advogados de Henrique.

Sete jurados, sendo cinco mulheres e dois homens, compõem o conselho de sentença e votarão para decidir se Henrique deve ser culpado ou absolvido. A sentença será dada pela juíza Fernanda Jacomini, da 1ª Vara do Júri.

Em maio, o júri foi suspenso pela Justiça. A medida atendeu a um pedido da defesa de Velozo. Seus defensores protocolaram ação contra o magistrado responsável pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, o que foi aceito pelo desembargador Marco Antônio Cogan.

Segundo os advogados, “o juiz determinou, de forma unilateral, às vésperas da sessão, a exclusão dos assistentes técnicos da defesa, que estavam previamente autorizados a participar do julgamento”. Um deles seria um perito contratado pelos defensores. Eles viram um possível desequilíbrio na condução dos trabalhos.

O júri foi remarcado para agosto. Porém, na nova data, foi dissolvido poucas horas após o início, por causa de desentendimento entre acusação e defesa. Assim, o julgamento foi marcado para começar nesta quarta.

O CASO

Lo tinha 33 anos quando foi assassinado, na madrugada do dia 7 de agosto de 2022. Ele estava em um show do grupo de pagode Pixote, no Esporte Clube Sírio, no bairro Planalto Paulista, quando foi baleado na cabeça pelo tenente Velozo.

A investigação aponta que o policial deixou o local e se dirigiu para um prostíbulo. Depois, acompanhado, foi para um motel na marginal Pinheiros. Ele se entregou à Corregedoria da PM na mesma noite.

O PM está preso de forma preventiva (sem prazo) no Presídio Militar Romão Gomes, destinado a policiais. Em entrevistas anteriores, o advogado Claudio Dalledone, que representa o policial, afirmou que seu cliente agiu em legítima defesa.

Ivã Siqueira Junior, advogado da família do lutador, disse na época do crime que, segundo testemunhas, o desentendimento teve início depois de um homem entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida e começar a chacoalhá-la. Ao mesmo tempo, o homem estaria encarando o lutador, como forma de provocação.

Lo teria, então, derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, sem ter havido agressões, de acordo com relatos de testemunhas aos quais o advogado da família afirma ter tido acesso.

O homem teria, então, sacado uma arma e, de frente para a vítima, disparado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa. O atirador teria ainda chutado duas vezes a cabeça de Lo, enquanto este estava caído no chão, segundo colegas do campeão mundial.

Leia Também: Rio pede a Moraes mais tempo para entregar laudos e relação de agentes da megaoperação



Fonte. .Noticias ao Minuto

Leia mais

Rolar para cima