2:53 PM
13 de novembro de 2025

Américas não são mais uma região livre de sarampo. Qual a situação no Brasil?

Américas não são mais uma região livre de sarampo. Qual a situação no Brasil?

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Desde a última segunda-feira (10), o continente americano não é mais uma região livre da transmissão endêmica de sarampo. O status foi revogado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) após o Canadá não conseguir impedir a circulação sustentada do vírus ao longo do último ano.

Embora ainda haja países com a situação controlada na região, basta que um único membro da Opas perca a certificação para o continente inteiro ter o título retirado. A América do Norte é o epicentro do surto atual: 95% dos 12,5 mil casos confirmados de sarampo neste ano foram registrados no Canadá (o país com mais casos), nos Estados Unidos e no México.

Consequência de uma queda na vacinação, a crise é grave: os casos já registrados representam um aumento de 30 vezes em relação aos contágios confirmados no ano passado. O surto também já rendeu 28 mortes confirmadas por sarampo, 23 no México, 3 nos EUA e 2 no Canadá.

Para a certificação voltar, é preciso que todos os países da região consigam comprovar que interromperam a circulação do vírus por um período mínimo de 12 meses, além de demonstrar ações efetivas de vacinação, vigilância epidemiológica e resposta rápida a casos importados.

+Leia também: O que é o sarampo?

Situação no Brasil

Apesar da mudança de status na região americana, isso não se reflete em nível nacional. O Brasil ainda mantém a certificação de país livre de transmissão endêmica de sarampo, um título reconquistado em 2024. Até o momento, todos os 37 casos confirmados da doença em 2025 são considerados importados ou relacionados à importação.

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Os episódios de sarampo no Brasil ao longo do ano estão distribuídos em Tocantins (25), Mato Grosso (6), Rio de Janeiro (2), Distrito Federal (1), Maranhão (1), Rio Grande do Sul (1) e São Paulo (1).

O surto mais grave, registrado no município tocantinense de Campos Lindos, começou com casos importados da Bolívia, com a doença se espalhando em uma comunidade com baixa adesão à vacinação, segundo o Ministério da Saúde.

Não houve óbitos relacionados ao sarampo confirmados no país este ano. Em outubro, a morte de um bebê em Marília (SP) chegou a ser enquadrada como um caso suspeito da doença, mas exames laboratoriais posteriores comprovaram que o episódio não tinha sido causado por sarampo.

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Vacinação é chave para manter certificação

A principal forma de prevenir o sarampo é através da vacinação, e os surtos registrados no continente estão diretamente relacionados a uma queda na cobertura contra essa doença antes controlada. Segundo a Opas, 89% dos casos vistos nas Américas afetaram pessoas que não se vacinaram, ou que tinham situação vacinal desconhecida.

No Brasil, a vacinação contra o sarampo é disponibilizada gratuitamente em unidades básicas de saúde. O esquema recomendado indica tomar a primeira dose da vacina tríplice viral (que também protege contra rubéola e caxumba) aos 12 meses de vida, com uma segunda dose aos 15 meses.

Na segunda dose, também é iniciada a imunização contra a varicela (catapora): neste caso, a criança pode receber a vacina tetraviral ou uma nova dose da tríplice acompanhada de uma dose da vacina contra a varicela, conforme disponibilidade.

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O site do Ministério da Saúde traz mais informações sobre a vacina contra o sarampo.

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Fonte.:Saúde Abril

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