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17 de novembro de 2025

Zélio, o Caboclo das Sete Encruzilhadas: o ‘fundador da umbanda’ que não é bem aceito por umbandistas atuais

Zélio, o Caboclo das Sete Encruzilhadas: o ‘fundador da umbanda’ que não é bem aceito por umbandistas atuais

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Zélio, em foto publicada pelo jornal A Gazeta de São Gonçalo, extinto em 1937

Crédito, Domínio Público

Legenda da foto, Zélio, em foto publicada pelo jornal A Gazeta de São Gonçalo, extinto em 1937

Se a tentativa era criar uma espécie de mito da religião nacional por excelência, elementos simbólicos não faltam na história de como o médium fluminense Zélio Fernandino de Moraes (1891-1975) teria criado a umbanda.

E também pela história: no transe vivido por Zélio, ele teria dialogado com espíritos de negros e indígenas e, por fim, incorporado um padre jesuíta italiano que havia pregado no Brasil colonial e que, em Portugal, mais tarde, foi acusado de bruxaria.

Mais simbólico do sincretismo cultural, étnico e religioso do Brasil, impossível.

Por outro lado, e é esse o ponto que vem sendo revisto e muito criticado por pesquisadores contemporâneos da umbanda. Considerar Zélio o precursor dessa religião é também resultado de um processo de embranquecimento — é negar que a umbanda já vinha sendo praticada por negros oriundos da África e seus descendentes em solo brasileiro, é entregar a primazia da religião afrobrasileira a um homem branco.



Fonte.:BBC NEWS BRASIL

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