Quando o francês Jean-Michel Chaufour visitou o Ceará pela primeira vez, em 2005, o encantamento foi instantâneo. Na época, o turismo de massa já dava as caras em Canoa Quebrada, mas a vizinha Fortim ainda guardava ares de paraíso intocado.

Apostando no potencial turístico do lugar, Chaufour fez da cidade a sua casa e abriu ali o primeiro grande hotel da região, o Vila Selvagem, de frente para a praia do pontal do Maceió. Fazendo jus ao nome, o hotel realmente parece uma vila, com grama verdinha e casinhas coloridas com esquadrias de madeira espalhadas pelo terreno, equivalente a dois campos de futebol.

As 33 acomodações são divididas em sete categorias, que vão de 30 a 80 m², incluindo opções com jacuzzi privativa. Há ainda um spa bastante charmoso, duas piscinas, um clube de padel tennis e um restaurante franco-brasileiro cujo cardápio foi reformulado recentemente sob a consultoria do chef Emmanuel Ruiz.

Cinco anos depois, o êxito do Vila Selvagem levou Chaufour a investir num segundo empreendimento, este mais próximo à foz do rio Jaguaribe. É o Jaguaribe Lodge, que chama atenção pela configuração inusitada: seus lodges, todos em madeira, foram erguidos sobre palafitas, assim como as passarelas que levam às outras áreas do hotel —o que minimiza o impacto ambiental e ainda dá um ar rústico à experiência.

Quase todos os quartos oferecem alguma vista para o mar, e nenhum deles têm ar condicionado, já que os muxarabis permitem que o próprio vento, incessante, refresque os ambientes.

O hotel tem um apelo especial entre os kitesurfistas, já que além de ter estrutura de armazenamento dos equipamentos, fica ao lado de uma escola do esporte.

Mais recentemente, já depois da pandemia, o grupo inaugurou também o Jaguaríndia Village. Vizinho ao Jaguaribe Lodge e também de frente para o mar, ele oferece de bangalôs de frente para o mar com piscina privativa até villas —casas de até 120 m² que acomodam até seis pessoas.

Quem não tiver sua própria piscina privativa não sai perdendo: um dos grandes atrativos do Jaguaríndia é justamente a sua piscina de borda infinita que fica na sede do hotel, também de frente para o mar. Há ainda um grande jardim, com spa, quadra de beach tennis e até uma jangada que funciona como tela de projeção para sessões de cinema ao ar livre.

Nesses últimos, a dica é se hospedar nos dias de lua cheia, que nasce no horizonte bem de frente para o hotel —um espetáculo natural de arrepiar.

O jornalista se hospedou a convite do Jaguaríndia Village