3:32 AM
21 de novembro de 2025

Alê DAgostino, do Apothek, volta ao circuito com Coda – 20/11/2025 – Restaurantes

Alê DAgostino, do Apothek, volta ao circuito com Coda – 20/11/2025 – Restaurantes

PUBLICIDADE


Um certo ar old school paira pelo Coda, novidade que marca o retorno do veterano Ale D’Agostino ao comando de um bar na capital. Bom para comer, mas principalmente beber, a casa foi aberta em outubro em Santa Cecília, região central da cidade.

O ambiente classudo usa uma fórmula consolidada: iluminação baixa, paredes rústicas, balcão (de mármore) que se destaca no centro. Mas nem por isso o salão espaçoso, com sofás confortáveis, pé-direito alto e espera no primeiro andar perde em personalidade.

O antigo galpão, que tem uma amplitude rara hoje em dia (60 lugares), passou por quase um ano de reforma até abrir as portas com a cara descolada na rua Barão de Tatuí, apinhanda de casas como o Borgo Mooca, o Kraut, o Festival de Filmes Vencidos e o Jiboia.

O dry martíni, bebida mais pedida pelos clientes, também pode parecer um tanto nostálgico em tempos de drinques cada vez menos alcoólicos (ou sem álcool). Mas essa é uma das marcas de Ale D’Agostino, bartender com quase 25 anos de estrada. “Gosto de álcool sobre álcool, pouca guarnição, uma coisa assim mais direta. É minha assinatura”, diz ele.

Alê ganhou estofo no meio trabalhando por quase 18 anos como bartender do restaurante Spot antes de fundar o Apothek, bar que funcionou de 2017 a 2020 e, em pouco tempo, foi eleito o melhor da cidade pelo júri do especial O Melhor de São Paulo Gastronomia.

Depois, se dedicou à APTK, marca de coqueteis e destilados engarrafados que ajudou a fundar e que foi pioneira no setor. O Coda marca seu retorno ao bar, mas não necessariamente ao balcão, que é comandando por Livio Poppovic, que trabalhou no Apothek e também no Spot.

“Eu estava com saudades da rotina de receber, não da operação em si porque isso pra mim já não me interessa tanto”, afirma D’Agostino. A carta de estreia do Coda é dividida em três partes: autorais, clássicos e para quem saudades do Apothek.

Na primeira parte estão autorais “sempre baseados em um clássico, que tenham uma assinatura”, de acordo com o bartender e empresário. Ali estão o negroni floral (R$ 55), com saquê, tequila, vermute branco, cocchi americano rosato (aperitivo à base de vinho), Campari e Luxardo, e o negroni jerez (R$ 52), com gim, vermute branco, Campari e jerez fino (R$ 52). Duas opções que, de certa forma, lembram a atenção que o Apothek já dava às variações de negronis.

Mas quem quer mais emoção encontra o kimchi old fashioned, feito com calda de caramelo com kimchi, bitter, bourbon e espumante (R$ 52). Se o momento for para um drinque mais leve, também há opções como o cave (R$ 52), que leva vodca, redução de espumante, vermute bianco, açúcar e bitter.

A lista de comes, assinadas por Laila Radice (que tem passagem pelo Astor), atende quem quer petiscar (para dar conta do álcool) ou fazer uma refeição com pegada italiana ou francesa.

O cardápio tem receitas que funcionam para dividir, como um bem servido patê de foie com mostarda de cremona (R$ 45), uma burrata com molho romesco e pão de fermentação natural (R$ 68) e um crudo de carne com o mesmo pão (R$ 65).

Entre pratos mais vigorosos estão rabada desfiada com purê de batata gratinado (R$ 54) e rosbife com salada de batata (R$ 79). Quem quiser, ainda encontra cheeseburger com fritas (R$ 69) e musse de chocolate com um fio de azeite (R$ 36).

Ainda que seja novidade, o Coda talvez tenha mais surpresas. O imóvel que a casa ocupa na rua Barão de Tatuí tem um salão no subsolo que pode se transformar em espaço de eventos, festas ou até em um bar com sistema de exaustão onde, de acordo com D’Agostino, seria possível fumar. Como se fosse nos tempos de antigamente.



Fonte.:Folha de São Paulo

Leia mais

Rolar para cima