12:54 PM
23 de novembro de 2025

Aurora boreal parece mais intensa nas fotos do que na visão humana

Aurora boreal parece mais intensa nas fotos do que na visão humana

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Ver a aurora boreal é muito mais do que apenas uma questão de sorte ou de clima favorável. O corpo também entra em cena, mais especificamente, os olhos. Para captar as cores e os movimentos desse fenômeno, o sistema visual humano precisa passar por uma adaptação ao escuro, que pode levar de 20 a 30 minutos até atingir seu auge.

Segundo o oftalmologista Dhiogo Corrêa, durante esse tempo as células da retina aumentam gradualmente sua sensibilidade à luz. Os bastonetes, responsáveis pela visão noturna, intensificam a percepção de formas e contrastes. Já os cones, que distinguem as cores, entram em ação nas áreas mais iluminadas, permitindo enxergar tonalidades como verde, rosa e violeta. 

“A aurora é resultado dessa combinação: os bastonetes captam o brilho e o movimento, enquanto os cones revelam as cores mais intensas”, explica Corrêa. A experiência, no entanto, não é idêntica para todos. Idade, acuidade visual, tempo de adaptação e até o uso de lentes corretivas podem interferir na percepção. 

Pessoas com daltonismo, por exemplo, podem ver menos variedade cromática, mas ainda assim conseguem apreciar a intensidade luminosa da aurora. O caçador de aurora boreal, Marco Brotto, conta que muitas vezes o registro fotográfico parece mais vibrante do que o que se vê a olho nu. 

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“Isso acontece porque as câmeras modernas acumulam luz durante vários segundos de exposição. O olho humano, por mais sofisticado que seja, não consegue reproduzir esse efeito instantaneamente”, explica.

Para quem sonha em viajar em busca da aurora, especialistas deixam um alerta: preparar os olhos é tão importante quanto vestir roupas térmicas. Evitar a luz de telas e lanternas antes da observação ajuda a preservar a adaptação ao escuro. Além disso, óculos adequados e lágrimas artificiais podem proteger contra o frio intenso e o ressecamento ocular.

Apesar das diferenças fisiológicas que podem influenciar a forma como cada pessoa enxerga o fenômeno, o encantamento diante das Luzes do Norte transcende qualquer limitação técnica. “Independentemente das características fisiológicas de cada um, a aurora será sempre uma experiência especial e única. O importante é permitir-se viver esse momento com orientação e segurança – e deixar que a natureza faça o resto”, resume Brotto.

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Fonte.:Viagen

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