A empresa Meta iniciou negociações com o Google para comprar chips da empresa por “bilhões de dólares“. A informação é do site The Information e, mesmo sem a confirmação direta das companhias envolvidas, parece mesmo prestes a acontecer.
De acordo com a reportagem, a empresa dona das plataformas Instagram, Facebook e WhatsApp vai adotar em alguns data centers os chamados Tensor Processing Units, chips mais conhecidos pela sigla TPU. A aquisição pode ser finalizada em breve, mas os componentes seriam entregues e adotados apenas para 2027.
Além disso, a Meta pode também assinar um acordo para utilizar TPUs “alugadas” do serviço de processamento da nuvem do Google. Em nota, a companhia reforçou que segue atendendo pedidos crescentes, sem citar clientes específicos.
“O Google Cloud está passando por uma demanda acelerada tanto por nossos TPUs customizados quanto GPUs da Nvidia. Estamos comprometidos em apoiar ambos, assim como temos feito por anos”, disse um porta-voz do Google à CNBC.
IA e a nova configuração dos chips
A companhia de Mark Zuckerberg é uma das gigantes da tecnologia que mais está investindo no setor de infraestrutura em IA, adquirindo chips e espaço de processamento na nuvem para chatbots e modelos de linguagem.
- A notícia sobre a compra de TPUs da Google mexeu com o mercado: as ações da Nvidia caíram 4% no pré-mercado desta terça-feira (25), um grande baque para a atual empresa mais valiosa do mundo e líder no fornecimento de chips para servidores de IA;
- Por outro lado, a Broadcom, que ajuda o Google no design dos TPUs, subiu 2% no pré-mercado depois de já estar em alta no dia anterior;
- Com sete anos de vida, os TPUs até o momento só eram utilizados em produtos de fabricação do própria Google, como os smartphones da linha Pixel. Porém, a situação atual do mercado com várias empresas em busca de chips para servidores de IA está fazendo a marca mudar a estratégia.
Há quem acredite que esse momento de investimentos acelerados demais já é uma bolha na indústria, incluindo um ex-CEO da Intel. Por outro lado, nomes como Jeff Bezos (fundador da Amazon) e Jensen Huang (CEO da Nvidia) tentam enxergar um lado positivo na atual configuração.
A crescente demanda pode ainda provocar uma grave crise de escassez em outros tipos de chips: produtos como as memórias NAND e DRAM devem ser cada vez menos fabricadas para que as companhias priorizem a produção dos componentes para IA — o que deve encarecer o preço dessas peças e, muito provavelmente, ser refletido no valor cobrado dos consumidores em celulares e PCs.
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Fonte.: TecMundo


