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27 de novembro de 2025

Nova York: Fouquet’s leva charme parisiense a Tribeca – 26/11/2025 – Turismo

Nova York: Fouquet’s leva charme parisiense a Tribeca – 26/11/2025 – Turismo

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Entre os descolados do Soho e os engravatados do Financial District, em Nova York, fica o bairro Tribeca. Apesar do nome ser um acrônimo puramente geográfico, que designa o “triângulo abaixo da rua do canal”, trata-se de uma vizinhança cheia de referências: é lá que moram (ou já moraram) nomes como Beyoncé e Jay-Z, Tom Brady e Gisele Bundchen, Taylor Swift e até o piloto Lewis Hamilton.

Nem sempre foi assim. Até o final dos anos 1970, figurões como esses passavam longe de Tribeca, uma área erma, cheia de galpões industriais. Exceções eram jovens artistas e famílias em busca de aluguéis mais baratos.

Mas a aura pomposa de hoje passou a imperar na virada do século, quando a orla oeste de Manhattan deu lugar ao agradável Hudson River Park e os galpões se transformaram em lofts luxuosos. Após o 11 de Setembro, o Festival de Cinema de Tribeca, criado por Robert De Niro e Jane Rosenthal, e a inauguração do Whitney Museum, em 2015, também são exemplos que ajudaram a consolidar o bairro como é hoje.

De olho nessa atmosfera de luxo discreto com pitadas artsy, o grupo francês Barrière (de propriedades como o Le Carl Gustaf, em St. Barth’s, e o Le Majestic, em Cannes) escolheu Tribeca para ser a casa da unidade nova-iorquina do parisiense Fouquet’s —o primeiro hotel do grupo nos EUA.

O Fouquet’s original, em Paris, abriu quase 20 anos atrás como um primo contemporâneo de clássicos cinco estrelas, como o Le Crillon, mas igualmente envolto em mais de um século de história. Ele surgiu como uma extensão da famosa brasserie Le Fouquet’s, aberta em 1913 e que, por muitas décadas, foi um ponto de encontro de figurões do cinema, como Gene Kelly e Godard. O ponto trocou de dono muitas vezes, até que em 2006 os herdeiros do grupo Barrière decidiram criar essa extensão do famoso endereço.

Não à toa, o Fouquet’s Nova York acabou também se tornando um queridinho dos famosos —desta nova geração, é claro— que buscam um lugar discreto para ficar à vontade.

Grandes artistas e celebridades, como Miley Cyrus, Brad Pitt e Kylie Jenner já se hospedaram por lá. Kate Moss, aliás, foi a hóspede número um. Durante a Semana de Moda, inclusive, o hotel vira uma extensão das passarelas.

O que atrai essa galera é que, além de discreto, o Fouquet’s tem uma personalidade marcante. Por dentro do prédio industrial baixinho, todo de tijolinhos e janelas de vidro, os ambientes comuns são carregados de diferentes cores e texturas, como madeira, veludo e mármore. Já os quartos são mais sóbrios, com estofados e cortinas em rosa pastel.

Mas há, é claro, alguns toques de opulência, como o banheiro com detalhes em mármore e metais dourados, e as paredes revestidas com papel de parede de estampas monocromáticas —uma tradição francesa do século 18, aqui revisitada mesclando referências parisienses e nova-iorquinas.

Ainda no quarto, vale destacar as grandes janelas do chão ao teto, os deliciosos macarons e chocolatinhos de boas-vindas em formato de Arco do Triunfo e um kit de amenidades bastante completo. O sono, é claro, é perfeito, como se espera de um hotel reconhecido com duas chaves pelo Guia Michelin.

O café da manhã, não incluso na diária (padrão nos EUA), é servido no Élysée’s, restaurante mais casual, de cozinha mediterrânea. Já o jantar vale ser apreciado na Brasserie Fouquet’s, mais refinada, cujo cardápio espelha boa parte do menu do original francês —ambos assinados pelo chef Pierre Gagnaire. E para um drinque (talvez na companhia de famosos?), há o escondidinho e aconchegante Titsou Bar.

Quem se hospeda no hotel (diárias a partir de R$ 5.700) também não pode fazer o check-out sem visitar o Le Vaux, um terraço inspirado nos famosos jardins franceses de Vaux-Le-Vicomte e Versailles.

O jornalista se hospedou a convite do Fouquet’s Nova York



Fonte.:Folha de S.Paulo

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