O empresário do ramo do agronegócio,Leandro Zavodini, 41 anos, alvo principal de um esquema sofisticado de furto de energia em Mato Grosso, foi preso pela Polícia Civil na noite de quarta-feira (26) em um hotel de luxo em São Paulo. Ele era considerado foragido desde a deflagração da Operação Ignis Justiça.
De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia de Lucas do Rio Verde, o empresário, de 41 anos, liderava um grupo criminoso envolvido em furto qualificado de energia, estelionato por adulteração de medidores, fraude processual e corrupção. Três empresas ligadas a ele eram usadas para operacionalizar o esquema.
A operação cumpriu 11 ordens judiciais, incluindo oito mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. Dois dos alvos já haviam sido detidos; o empresário, porém, não havia sido localizado inicialmente. Três dos mandados de busca foram executados diretamente nas empresas investigadas.
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Prisão durante torneio de pôquer
A captura ocorreu após um trabalho integrado entre a Delegacia de Lucas do Rio Verde, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos de São Paulo (Garra-SP).
Com a troca de informações, as equipes descobriram que o investigado participava de um torneio de pôquer em um hotel de alto padrão na capital paulista. Ele foi abordado e teve o mandado de prisão preventiva cumprido no local.
Esquema altamente elaborado
As investigações apontam que o grupo estruturou um sistema técnico e complexo para reduzir artificialmente o consumo de energia de empresas com grande movimentação financeira — causando prejuízo direto à concessionária e, consequentemente, à população.
Participavam do esquema:
- um engenheiro eletricista, responsável pelas alterações técnicas nos medidores;
- um ex-funcionário terceirizado da concessionária, que usava seu acesso privilegiado para facilitar as fraudes;
- o empresário, beneficiado diretamente com o desvio e responsável pelas empresas onde ocorria o furto.
A Polícia Civil constatou que os crimes ocorreram em continuidade delitiva, ou seja, repetidamente ao longo do tempo, e não em um único episódio. O faturamento que deveria retornar à concessionária e ao sistema energético estava sendo desviado para alimentar o esquema criminoso.
Fonte.: MT MAIS


