Espinhento e nativo do cerrado brasileiro, o pequi é uma fruta muito consumida no estado de Goiás. O arroz de pequi é um dos preparos mais famosos – e tem quem ame ou odeia tanto a receita quando a fruta, que carrega um cheiro forte característico.

Essa fruta brasileira ainda serve para preparar conservas, doces, óleo e até chá de pequi, aproveitando as folhas do pequizeiro.

Gostando ou não do polêmico fruto, o fato é que a ciência ainda não tem muitas respostas quanto aos benefícios do chá preparado com suas folhas. As propriedades da polpa, dos óleos, da casca e das folhas são estudadas, mas ainda não há conclusões robustas que comprovem vantagens à saúde em consumir o chá de pequi.

Mesmo assim, a fruta in natura permanece uma opção saudável para adicionar na dieta.

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Há benefícios no chá de pequi?

Embora existam muitos estudos sobre as propriedades do pequi, a ciência ainda não atestou os benefícios do chá feito com as folhas ou com o fruto. Não há garantia de que as qualidades saudáveis da fruta permaneçam na bebida.

Ainda não se conhece a toxicidade do chá de pequi e as análise quanto à folha divergem bastante. Portanto, o mais recomendado é sempre consultar um médico antes de consumir o chá, e suspenser o consumo frente a qualquer efeito adverso.

O chá costuma ser preparado com a folha do pequizeiro em decocção, isto é, ferver a folha na água. 

Atividades antimicrobianas e antifúngicas já foram verificadas em extratos da fruta e de sua casca. O óleo de pequi também foi estudado como tratamento para lesões, com ação anti-inflamatória. Ainda há indícios de diminuição de colesterol e de pressão arterial com o uso do óleo.

Quando se trata das folhas, existem estudos relatando atividade antifúngica, antioxidante, neuroprotetora e vasorrelaxante – o que torna a folha do pequizeiro boa candidata para futuras pesquisas quanto à sua ação sobre a hipertensão e a aterosclerose.

Com exceção da aplicação do óleo sobre lesões, todos os estudos foram realizados in vitro ou com ratos, com extratos obtidos por meio de métodos de laboratório. Assim, essas pesquisas ainda não traduzem a complexidade de efeitos que o pequi pode ter sobre o corpo humano, e não atestam os benefícios do chá. 

Conheça a composição do pequi

Lipídios, carboidratos e pequenas quantidades de proteínas são encontradas na polpa do pequi. A fruta se destaca pela grande concentração de carotenoides – muito comuns em polpas de cores fortes.

Pelo Brasil, o pequi ganha diferentes nomes: piqui, pequiá, piquiá ou amêndoa-de-espinho. O último é sugestivo, já que uma das características da fruta é ter espinhos junto da polpa. Fica o aviso: se for comer, é melhor roer a polpa ou comprar pequi fatiado, mas jamais morder a fruta.

O pequi ainda conta com uma quantidade de vitamina C superior à da laranja, bem como vitaminas dos complexos A e E. Os compostos fenólicos, famosos antioxidantes, também estão presentes (em concentrações variadas de acordo com o estágio de matureção do fruto).