O Sebrae RS deu início ao projeto Rota da Reciclagem no Rio Grande do Sul, uma iniciativa voltada a qualificar a gestão e a operação técnica de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Nesta fase inicial, três cooperativas participam do projeto-piloto: Cooperativa Navegantes, de Rio Grande; Cooperativa de Catadores e Recicladores (COOMCAT), de Santa Cruz do Sul; e Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis (COCAMARP), de Rio Pardo.
A metodologia prevê uma análise situacional detalhada de cada cooperativa, avaliando o estágio de amadurecimento organizacional e o relacionamento com a cadeia da reciclagem. A partir desse diagnóstico, são definidas ações específicas e elaborado um plano de trabalho personalizado, considerando demandas, desafios e potencialidades de cada grupo.
“Investir em capacitação gerencial e técnica permite que essas organizações operem de maneira mais eficiente, aumentando sua capacidade de triagem, processamento e comercialização de materiais recicláveis”, destaca Fernanda Dall’Agnol, gerente de Políticas Públicas do Sebrae RS.
As cooperativas de catadores desempenham um papel fundamental para a sociedade e o meio ambiente. Além de reduzirem o volume de resíduos enviados a aterros sanitários, promovem emprego, renda, inclusão social e fortalecem a economia circular.
Como parte das atividades do projeto, no dia 19 de novembro, as cooperativas participantes realizaram uma visita técnica à Cooperativa Dois Irmãos, referência no setor e case de sucesso do Programa Ser+, da Braskem. A atividade proporcionou troca de experiências, aprendizado sobre boas práticas de gestão e integração entre os grupos, marcando o início de uma jornada coletiva de fortalecimento e desenvolvimento.
Para Uilian Ungari Mendes, Coordenador Administrativo da COOMCAT, o Rota da Reciclagem representa um avanço concreto para as cooperativas do país em diferentes dimensões. “O projeto tem um papel fundamental no fortalecimento da logística reversa e da inclusão socioeconômica dos catadores no Rio Grande do Sul”, afirma. Segundo ele, o programa contribui diretamente para a valorização do trabalho dos catadores, qualificando processos, organização produtiva e gestão. “Apoios como capacitação, infraestrutura e orientação permitem que cooperativas como a COOMCAT aumentem sua eficiência, agreguem valor ao material e consolidem o catador como agente ambiental essencial.”
Uilian também destaca o impacto ambiental. “Ao integrar os catadores à cadeia formal, o projeto reduz o volume de resíduos enviados aos aterros, aumenta as taxas de reciclagem, melhora indicadores ambientais e fortalece a economia circular. Para nós, cada quilo reciclado representa menos impacto ambiental e mais dignidade para nossas famílias.”
O coordenador também aponta o valor da articulação com parceiros como o Sebrae RS. “O diálogo constante capacita cooperativas para inovar, melhorar processos e conquistar autonomia. A presença dos catadores nas soluções ambientais garante que a sustentabilidade tenha rosto, identidade e impacto social real.”
Para ele, o Rota da Reciclagem “não é apenas um programa, mas uma ponte entre política pública, economia circular e justiça social”, e se consolida como uma iniciativa estratégica para a gestão integrada de resíduos sólidos no estado. “Estamos orgulhosos de participar e de construir, junto com parceiros como Sebrae RS e Sicredi, um modelo mais justo, sustentável e inclusivo para todo o Rio Grande do Sul”, finaliza.
Fonte Agencia Sebrae


