
O governo federal anunciou a criação da Universidade Indígena do Brasil (Unind), com sede em Brasília. A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, surge em um momento de crise, com as atuais universidades federais relatando graves cortes e dificuldades financeiras.
Qual é a proposta da nova universidade?
A ideia é criar a Universidade Indígena do Brasil (Unind), com sede em Brasília e polos em outras regiões. O objetivo é permitir que estudantes cursem o ensino superior sem deixar suas comunidades, com graduações em áreas estratégicas como gestão ambiental e territorial, agroecologia e direito, visando o desenvolvimento dos territórios indígenas. O projeto ainda depende de aprovação do Congresso.
Qual é a principal crítica ao anúncio?
A principal crítica é o momento do anúncio. A criação de uma nova universidade ocorre enquanto as instituições federais existentes enfrentam graves cortes de verbas. O orçamento, que teve uma alta em 2023, voltou a cair em 2024 (-7,6%) e tem previsão de nova queda em 2025 (-4,9%). Reitorias já anunciam cortes para lidar com déficits milionários, e especialistas temem que a situação piore ainda mais com os novos gastos.
Já não existem políticas para o acesso de indígenas ao ensino superior?
Sim. Especialistas lembram que já existem políticas públicas para ampliar o acesso, como a Lei de Cotas e vestibulares específicos para indígenas. A UnB, por exemplo, abriu 154 vagas para este público em mais de 40 cursos. Críticos consideram a iniciativa uma forma de “populismo acadêmico”, argumentando que o foco deveria ser o fortalecimento das vagas e estruturas já existentes nas universidades.
O que o governo diz para justificar a criação da Unind?
O Ministério da Educação (MEC) afirma que a criação da Unind é uma “demanda histórica”. Segundo o governo, a iniciativa visa fortalecer as identidades e os saberes tradicionais, em diálogo com a educação não indígena. O objetivo é reafirmar a diversidade, fortalecer a cultura e as línguas dos povos originários e garantir o princípio de sua autonomia.
Há outros problemas no ensino superior além do orçamento?
Sim. Especialistas apontam uma queda na qualidade da formação. A produção acadêmica tem sido questionada tanto pela falta de impacto internacional quanto pelo viés ideológico de algumas pesquisas. Críticos avaliam que as universidades estão se voltando a pautas assistencialistas e de militância, distanciando-se de sua função principal de gerar ciência e inovação, o que afeta sua posição em rankings globais.
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Fonte. Gazeta do Povo


