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4 de dezembro de 2025

Cataratas do Niágara: como são as quedas dágua do Pica-Pau – 03/12/2025 – Turismo

Cataratas do Niágara: como são as quedas dágua do Pica-Pau – 03/12/2025 – Turismo

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Para quem cresceu vendo e revendo o Pica-Pau descer as cataratas do Niágara, às vezes sem nem saber onde exatamente aquilo ficava, é quase impossível ir a Toronto sem querer dar uma esticadinha até as famosas quedas d’água.

Do outro lado do lago Ontário, na fronteira com os Estados Unidos, as cataratas ficam em uma cidade homônima a 130 quilômetros de Toronto. A distância pode ser percorrida em pouco mais de uma hora e meia de carro, ou em duas horas e meia de trem. A segunda opção é mais barata, mas faz o bate e volta ser meio apressado, já que o último trem de volta parte por volta das 17h.

De fato, há muito para ser visto por ali além do atrativo natural em si. Há roda gigante, torre de observação, cassinos e uma miríade de atrações infantis —o calçadão que beira o rio, com vista para as quedas d’água, jamais seria suficiente para os 12 milhões de turitas que passam por lá anualmente. Mas só as atrações ligadas diretamente às quedas d’água já ocupam um dia inteiro.

Esse calçadão, aliás, é uma das grandes diferenças entre as cataratas do Niágara e as do Iguaçu, no Brasil. Enquanto as nossas ficam dentro de um parque nacional de floresta totalmente preservada, a versão norte-americana foi abraçada pela urbanização —o turismo explodiu por lá justamente nos anos 1940, época da construção de muitas rodovias.

Por esse motivo, apenas olhar e fazer fotos das cataratas é de graça. Quem vai de trem, o Metrolinx GO, já tem incluso no tíquete (20 dólares canadenses, ou R$ 76) passes ilimitados para usar as linhas de ônibus Wego, que conectam a estação a todas os atrativos por ali.

O principal mirante fica na frente do centro de visitantes, que concentra opções de alimentação (tudo meio caro, claro) e dá acesso a algumas das atrações pagas.

A mais popular delas é a chamada Journey Behind the Falls (jornada por trás das quedas), que custa 29 dólares canandeses (R$ 110) e dá acesso a um deck de observação ao lado das quedas —já lá embaixo, dentro do cânion escavado pelas águas. Como as quedas não são lá muito altas (têm entre 20 e 50 metros de altura), observá-las de baixo e tão de perto é muito mais interessante do que do calçadão lá em cima.

No caminho até esse mirante, a jornada de 29 dólares dá acesso a uma pequena rede de túneis construídos com propósito turístico, de onde é possível observar a força das águas por detrás delas. Não é tão impressionante quanto vê-las de fora, mas vale explorá-los para fazer valer o ingresso.

Os túneis da usina hidrelétrica (outro ingresso, de 32 dólares canadenses, cerca de R$ 120) —esses sim construídos para desviar as águas do rio para gerar eletricidade, mas transformados em atração turística em 2022— são bem mais amplos e divertidos de visitar. Também levam a um deck de observação no fundo do cânion.

Outra atração do complexo, aberta no último mês de agosto, é o Niagara Takes Flight, simulador de voo sobre as cataratas, com fileiras de assentos que se movem em frente a uma tela côncava imersiva. Emprega o mesmo equipamento Soarin, atração clássica do Epcot, parque da Disney em Orlando, e que recentemente chegou ao Sea World com o nome de Expedition Odissey.

Se comprado separadamente (29 dólares canadenses, ou R$ 110), o simulador não compensa, mas vale a pena caso o turista opte pelo Wonder Pass (75 dólares canadenses, cerca de R$ 250), pacote que inclui os túneis por trás das quedas, a usina, o simulador e um borboletário. Planejamento, aliás, é fundamental para conseguir fazer tudo, pois boa parte das atrações requerem agendamento e, no caso do simulador, por exemplo, todas as vagas esgotam antes do meio-dia.

O imperdível mesmo, e infelizmente o mais caro entre todas as opções, é o passeio de barco até as quedas d’água. Custa 43 dólares canadenses (R$ 164), dura 20 minutos e leva centenas de turistas a cada viagem —por isso também, é menos emocionante que o equivalente brasileiro, mais radical. Mas é daqueles momentos em que a gente fica maravilhado por sentir de perto a força da natureza. Aliás, vale frisar: as capas de chuva que apareciam no desenho do Pica-Pau, e que são fornecidas aos montes, gratuitamente, são dispensáveis.



Fonte.:Folha de S.Paulo

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