
O secretário de Segurança Pública, César Roveri, rebateu a acusação do prefeito Abilio Brunini (PL) de que a polícia foi omissa diante de ocupação do Contorno Leste. Criticado por anunciar regularização da área, o gestor culpou, na última terça-feira (2), o governo do Estado por não impedir a invasão logo no começo, em 2023. Roveri, que já era secretário na época, alegou que a ação na região já “estava consolidada” quando a Polícia Militar ficou sabendo das movimentações.
“[Houve] um lapso temporal de 24 horas, do momento da invasão até o momento que as forças de segurança foram comunicadas. Não teve omissão, porque quando nós ficamos sabendo dessa invasão, ela estava consolidada”, argumentou o secretário durante solenidade do Corpo de Bombeiros, na Arena Pantanal, na terça-feira.
Uma decisão da Prefeitura de Cuiabá definiu a regularização fundiária para as famílias que estão no Contorno Leste. A medida vem sendo criticada por alas da direita mato-grossense. Até o momento não houve divulgação da área a ser loteada, nem o valor empregado na desapropriação. Duas das famílias donas da terra ocupada negaram interesse na venda.
Nesta semana, Abilio retirou sua responsabilidade e disse que não era prefeito em 2023, quando as ocupações começaram. Ele citou omissão do governo do Estado e do ex-prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB).
Justificando a falta de ação da polícia, Roveri apenas disse que as forças de segurança demoraram a tomar conhecimento do fato.
“O Contorno Leste teve uma parte que já foi feita a reintegração. Então, chegou a ordem judicial, o Estado foi lá e cumpriu, reintegrou uma parte e entregou para o proprietário”, disse o secretário.
Ele também citou que a ocupação no Contorno Leste foi um dos motivos para a criação do programa Tolerância Zero às invasões de terras, iniciado ainda em março de 2023.
Fonte Jornal de Mato Grosso


