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12 de dezembro de 2025

Oficial da Marinha é condenado por matar ex-sogros no Rio – 11/12/2025 – Cotidiano

Oficial da Marinha é condenado por matar ex-sogros no Rio – 11/12/2025 – Cotidiano

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O oficial da Marinha Cristiano da Silva Lacerda foi condenado nesta quarta-feira (11) a 80 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato dos ex-sogros Geraldo Pereira Coelho, 73, e Osélia da Silva Coelho, 72. O júri popular ocorreu no Tribunal de Justiça do Rio, três anos após o crime, cometido em um condomínio de alto padrão no Jardim Botânico, zona sul da cidade.

As vítimas eram pais do professor Felipe da Silva Coelho, ex-companheiro do militar. De acordo com a acusação, Lacerda agiu por vingança após o término da relação e atacou o casal com extrema violência na madrugada de 24 de junho de 2022, enquanto eles descansavam em um sofá-cama, sem possibilidade de defesa.

A defesa de Cristiano sinalizou ao longo do processo que poderia alegar transtorno psiquiátrico para pedir inimputabilidade, argumento rejeitado pela acusação. Em julho de 2025, os advogados chegaram a abandonar o plenário após contestar decisão da juíza que negou anexação de documentos, o que levou ao adiamento do julgamento.

Além da pena de reclusão, a juíza Tula Corrêa de Mello determinou que o réu pague R$ 200 mil em indenização por danos morais a cada filho das vítimas e decretou a perda do cargo na Marinha.

Na sentença, a magistrada afirmou que a condição de militar aumentou a gravidade do caso, destacando que integrantes das Forças Armadas devem pautar sua conduta por valores éticos e compromisso social.

Lacerda, então com 40 anos, foi encontrado inconsciente no quarto do apartamento após os crimes, ao lado de seringas, medicamentos, uma faca com sangue e uma garrafa de bebida alcoólica, segundo a Polícia Militar. Ele foi levado sob custódia ao Hospital Miguel Couto.

A Delegacia de Homicídios concluiu que o assassinato foi premeditado e motivado por ciúmes. As perícias indicaram múltiplos golpes desferidos em regiões vitais, reforçando a tese de meio cruel. O Ministério Público sustentou que o réu estava lúcido antes e durante o ataque.

Na noite anterior ao crime, Felipe Coelho havia saído para uma festa, deixando os pais hospedados no apartamento onde vivia com o ex-namorado. Eles estavam no Rio para visitar o filho e planejavam voltar a Recife poucos dias depois.



Fonte.:Folha de S.Paulo

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