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23 de dezembro de 2025

Empresa perde foguete lançado em Alcântara – 22/12/2025 – Ciência

Empresa perde foguete lançado em Alcântara – 22/12/2025 – Ciência

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Aquele que seria o primeiro lançamento orbital do Brasil, pela empresa startup sul-coreana Innospace, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, sofreu uma anomalia durante o voo, pouco menos de dois minutos após a decolagem, na noite desta segunda-feira (22).

O lançamento do foguete Hanbit-Nano se iniciou às 22h13, e foram registradas as etapas de superação da velocidade do som (Mach 1) e o momento de máxima pressão aerodinâmica, quando a imagem foi cortada para o centro de controle e surgiu na tela a informação da anomalia. Ainda não está claro o que exatamente deu errado, mas o veículo foi perdido e a transmissão foi cortada logo após a falha.

A julgar pelo momento da interrupção, a falha se deu ainda na fase propulsada do primeiro estágio. Com a falha, este lançamento se junta a outras três tentativas do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), realizadas em 1997, 1999 e 2003, que também fracassaram em atingir a órbita.

A despeito da frustração, vale destacar que um desfecho como esse é absolutamente normal e esperado, em se tratando de um novo lançador, em seu primeiro teste em voo.

Antes dele, a Innospace já havia lançado, também de Alcântara, o Hanbit-TLV, um protótipo menor, de estágio único, em março de 2023. Com perfil suborbital (em que o foguete atinge o espaço, mas não com a velocidade necessária para colocar artefatos em órbita), o voo tinha por objetivo justamente testar os sistemas que viriam a ser incorporados ao primeiro estágio do Hanbit-Nano. Naquela ocasião, o lançamento foi bem-sucedido.

Adiamentos

A Operação Spaceward, como foi batizada conjuntamente pela Innospace e pela Força Aérea Brasileira (que administra o centro de Alcântara), previa originalmente a decolagem para a última quinta-feira (17), data que chegou a ser remarcada outras duas vezes (para os dias 19 e 22), por diversos problemas durante a preparação do foguete —desde falta de fornecimento de energia à plataforma até um problema com uma das válvulas do foguete, passando por más condições meteorológicas.

Foi, por sinal, o mau tempo —uma chuva na tarde desta segunda— que empurrou as operações para o lançamento para o fim da noite, com a ereção do foguete (que originalmente é levado à plataforma “deitado”), a checagem dos sistemas de bordo e de solo e as operações de abastecimento.



Fonte.:Folha de S.Paulo

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