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24 de dezembro de 2025

Qual melhor cartão para juntas milhas? Veja como escolher – 24/12/2025 – Turismo

Qual melhor cartão para juntas milhas? Veja como escolher – 24/12/2025 – Turismo

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Depois de estudar os diferentes caminhos para montar a sua estratégia de acúmulo e resgate de milhas, é hora de colocá-la em prática. Neste capítulo, a série De Milha em Milha explica em detalhes as diferentes formas de acúmulo e como turbiná-los para chegar ao seu objetivo mais cedo. Veja a seguir.

Não deixe nenhuma milha para trás

Mesmo que você não seja um passageiro frequente, cadastre-se nos programas de fidelidade das companhias aéreas e inclua o número do seu cadastro no check-in de todos os voos que fizer. Isso é especialmente vantajoso para quem viaja a trabalho, porque os pontos são sempre de quem voa —além de ser um acúmulo orgânico, ou seja, sem custo.

Mesmo voando em companhias estrangeiras é possível acumular milhas. Quem voa com a Lufthansa, por exemplo, pode pontuar no programa de fidelidade não só da companhia alemã, mas também no Latam Pass, no Azul Fidelidade ou no TAP Miles&Go. As regras de acúmulo variam, então vale checar o site de cada programa —sempre à luz da sua estratégia de acúmulo.

Escolha o cartão de crédito certo

Boa parte dos cartões de crédito rendem de 1,3 a 7 pontos por dólar gasto na fatura. Quanto maior esse rendimento, maior a anuidade do cartão. Portanto, o melhor cartão para acumular milhas é aquele que combina o maior rendimento com o menor custo —em geral, quem tem um bom relacionamento com os bancos ou gasta muito no cartão consegue bons descontos nas anuidades.

Os cartões podem acumular pontos no próprio banco emissor ou em programas bancários como Livelo e Esfera. Nesses casos, transferir os pontos para as companhias aéreas pode render um bônus que varia entre 30% e 120%, a depender do seu status nesses programas.

Há também os cartões “cobranded”, como o Gol Smiles, disponível no Santander, Bradesco e Banco do Brasil; e os do Itaú, que tem parceria com Azul e Latam. Como o acúmulo deles acontece direto nos programas aéreos, não há a possibilidade de multiplicar os pontos. Por outro lado, os portadores têm outros benefícios, como assento e bagagem grátis, acesso às salas VIP das companhias e prioridade na fila de upgrade para a classe executiva.

Se a sua estratégia envolve acumular pontos em programas estrangeiros, atualmente os melhores cartões são os do Santander. Eles acumulam pontos no programa Esfera, que permite transferências para o Ibéria Plus, da espanhola Iberia, para o ConnectMiles, da panamenha Copa Airlines, e para o TAP Miles&Go. O banco também oferece um cartão que acumula pontos no AAdvantage, da American Airlines. No programa da TAP, também é possível pontuar diretamente com um dos cartões do BTG Pactual.

Alguns cartões “cobranded” com marcas não aéreas também podem valer a pena. Clientes dos supermercados Extra e Pão de Açúcar, por exemplo, acumulam 5 pontos por dólar nessas lojas com o cartão do Itaú em parceria com o Pão de Açúcar.

Vale a pena assinar clubes de pontos e milhas?

Todos os programas de fidelidade, bancários ou aéreos, oferecem clubes de assinatura que rendem milhas mensalmente, entre outras vantagens. Mas o maior benefício deles é mesmo o direito às transferências bonificadas entre o programa bancário e o aéreo.

Em geral, só por isso, eles já valem a pena, mas também por serem baratos, com assinaturas que partem dos R$ 40. O importante é sempre considerar esse custo ao calcular o valor do milheiro —além de esperar para assinar os clubes quando houver boas promoções, como aquelas que dão pontos bônus de boas-vindas.

Vale a pena comprar milhas?

Comprar milhas diretamente dos programas de fidelidade geralmente não compensa, por causa da cotação muito acima do valor de mercado. Mas às vezes, a combinação de promoções específicas com transferências bonificadas geram milheiros muito baratos —o que faz da compra um ótimo negócio.

Em novembro, a Livelo e a Azul ofereceram aos assinantes dos seus clubes um bônus de 100% nas transferências entre os programas. Mas bastava ter mil pontos na Livelo para poder fazer uma transferência maior (de 100 mil pontos, por exemplo), complementando a diferença com dinheiro —ou seja, comprando milhas. Naquele caso, a diferença de 99 mil pontos Livelo saía por R$2.750. Como esses pontos chegavam dobrados à Azul, o saldo final da operação foi de 200 mil pontos Azul Fidelidade ao custo de apenas de R$ 14 o milheiro —um ótimo negócio.

Compras bonificadas

Todos os programas de fidelidade também mantêm lojas virtuais em parcerias com grandes varejistas (como Casas Bahia, Magazine Luiza e Extra) e sites de reservas de hotéis e aluguel de carros, a exemplo da Booking.com. Quem compra nessas lojas por meio do programa de fidelidade sempre ganha pontos, mas vale esperar por promoções que rendam 10 pontos por real ou mais.

Comprar um smartphone de R$ 5.000 em uma promoção dessas, por exemplo, rende 50 mil pontos ou milhas —além dos pontos do cartão usado na compra. A depender do programa e das promoções de resgate disponíveis, esse montante pode render uma passagem de ida e volta de São Paulo para várias capitais nordestinas ou um trecho dentro do continente americano.

Qual a diferença entre entre pontos e milhas?

Na prática, ambas as nomenclaturas são sinônimos, sendo a primeira mais associada aos programas de fidelidade de bancos e cartões de crédito, e a segunda mais comum nos programas de companhias aéreas. Em alguns programas, como o Latam Pass, o passageiro acumula ambos: enquanto as milhas podem ser convertidas em passagens aéreas, os pontos são usados apenas para definir o nível do seu status no programa.



Fonte.:Folha de S.Paulo

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