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26 de dezembro de 2025

Fim de ano, fim de relacionamento? Veja o que considerar antes do término

Fim de ano, fim de relacionamento? Veja o que considerar antes do término

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O fim do ano costuma ser associado a celebrações, encontros familiares e expectativas de renovação. Mas nesse período de transição e encerramento, é comum que sentimentos se tornem mais evidentes e provoquem reflexões e reorganizações internas.

É como se o calendário convidasse as pessoas a fazerem um balanço não apenas de conquistas profissionais, mas, sobretudo, da vida afetiva. Para muitos casais, esse movimento desperta questionamentos profundos sobre a relação, levando a decisões de continuidade, transformação ou ruptura.

É nesse clima de encerramento que emoções já presentes se tornam mais intensas. Conflitos adiados ao longo dos meses ganham visibilidade. Silêncios, frustrações e expectativas não atendidas encontram menos espaço para serem negados.

Com o ritmo desacelerado e mais convivência — férias, festas e recesso —, cresce o contato com o que está desconfortável na relação. Aquilo que era administrado na correria do dia a dia passa a exigir atenção.

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Esse processo pode ser compreendido como um balanço afetivo. Muitos parceiros se perguntam: Ainda faz sentido estarmos juntos? Essa relação me nutre ou me esgota? O que construímos até aqui?

Essas perguntas não surgem do nada, elas são resultado de uma história que vem sendo escrita no cotidiano. O fim do ano apenas amplia o volume dessa escuta interna.

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Por que cresce a “temporada do divórcio” após as festas

Pesquisas e observações sociais indicam um aumento nos pedidos de divórcio no início do ano, fenômeno conhecido como temporada do divórcio, especialmente em janeiro.

Do ponto de vista psicológico, isso não significa que o fim do ano cause separações, mas que ele funcione como um catalisador. Muitas decisões são adiadas durante Natal e Ano Novo pelo medo de enfrentar rupturas em um período simbolicamente associado à união.

Quando as festas passam, sobra menos espaço para adiar conversas difíceis.

Ficar, transformar ou terminar o relacionamento?

Também há uma expectativa intensa de que o novo traga mudanças. Quando essa esperança é depositada exclusivamente na relação, a frustração tende a se tornar mais evidente. Casais fragilizados percebem que o problema não está na data, mas na dinâmica que se repete. Nenhuma virada de calendário é capaz de sustentar, sozinha, o que já vinha em desequilíbrio.

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Por outro lado, nem todo questionamento aponta para o fim. Para alguns casais, esse balanço pode abrir espaço para reorganização, amadurecimento e reconstruções, especialmente quando há diálogo e, muitas vezes, apoio terapêutico.

O mais importante não é a decisão em si, mas a forma como ela é construída: com consciência, responsabilidade afetiva e respeito pela própria história. Decidir também é um cuidado com a saúde emocional.

O fim de ano pode ser, acima de tudo, um convite à honestidade emocional, consigo e com o outro. E você, vai celebrar ou repensar seu relacionamento?

*Cris Bernardes é psicóloga pós-graduada em Família e Casais, pesquisadora e palestrante especializada em relações humanas. Autora do livro Amores Possíveis – Reflexões para o amor no século XXI

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Fonte.:Saúde Abril

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