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Introdução
Férias escolares e telas em excesso: um dilema para pais. O uso prolongado pode afetar sono, comportamento e saúde mental de crianças e adolescentes. Descubra estratégias eficazes para reduzir o tempo de tela sem conflitos, oferecendo alternativas e o papel crucial do pediatra para um verão equilibrado e saudável.
- Os perigos do uso excessivo de telas: impactos no sono, sedentarismo e saúde mental de crianças e adolescentes.
- Sinais de alerta: irritabilidade, dificuldade de concentração e a formação de dependência digital.
- Estratégias inteligentes para reduzir o tempo de tela: a importância do diálogo, acordos claros e horários definidos, longe de proibições.
- Ideias para um verão ativo: alternativas para ocupar o tempo com atividades físicas, lazer e convivência familiar.
- O papel fundamental do pediatra na orientação para um plano de férias saudável e equilibrado.
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Resumo gerado por ferramenta de IA treinada pela redação da Editora Abril.
Durante as férias escolares, é comum que crianças e adolescentes passem mais tempo em frente às telas. A ausência de uma rotina estruturada, com horários definidos para escola, atividades físicas e sono, favorece o uso prolongado de celulares, videogames e tablets.
Embora a tecnologia faça parte do cotidiano, o excesso nesse período pode trazer impactos relevantes para a saúde e o comportamento.
Por que o excesso de telas preocupa
Um dos efeitos mais frequentes do uso excessivo de telas é a alteração do sono, especialmente quando há exposição à luz emitida pelos aparelhos no período noturno, o que interfere no ritmo biológico. Também é comum a redução da atividade física, com aumento do sedentarismo.
No dia a dia, pais e educadores podem observar irritabilidade, dificuldade de concentração, menor tolerância à frustração e menos interesse por interações presenciais.
Em alguns casos, esse padrão pode contribuir para o aumento da ansiedade e para o desenvolvimento de uma relação de dependência com os dispositivos eletrônicos, quando a criança ou o adolescente tem dificuldade de se desconectar e reage com agitação ou irritação diante da limitação do tempo de uso.
Como reduzir sem conflitos
A redução do tempo de tela deve ser feita de forma planejada. Estratégias baseadas apenas na proibição tendem a gerar conflitos e baixa adesão. O diálogo e a construção de acordos claros, compatíveis com a idade, costumam ser mais eficazes.
Definir horários para o uso das telas, estabelecer momentos sem celular, como durante as refeições e antes de dormir, e incentivar o uso consciente da tecnologia ajudam a criar limites mais saudáveis.
É importante lembrar que os dispositivos eletrônicos podem ser utilizados de forma positiva, para aprendizado, comunicação ou registro de momentos das férias, desde que não se tornem o centro da rotina.
Ideias para ocupar o tempo
Para que essa redução seja possível, é fundamental oferecer alternativas reais ao tempo de tela. Atividades físicas, brincadeiras ao ar livre, esportes, passeios, leitura, jogos, atividades artísticas e momentos de convivência familiar contribuem para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.
A organização de um plano simples de férias, equilibrando descanso, lazer e atividades variadas, pode ajudar a manter crianças e adolescentes mais ativos e engajados.
Nesse processo, o pediatra pode desempenhar um papel importante ao auxiliar as famílias na elaboração desse plano, orientando sobre o tempo adequado de exposição às telas, a rotina de sono e as atividades mais indicadas para cada faixa etária.
Quando essas orientações partem de um profissional de saúde, tendem a gerar maior compreensão e adesão, facilitando a implementação de mudanças de forma consistente e segura.
As férias não precisam ser livres de tecnologia, mas devem ser mais equilibradas. Com informação, orientação e boas opções de lazer, esse período pode se transformar em uma oportunidade para reorganizar hábitos, fortalecer vínculos familiares e promover saúde física e emocional, benefícios que podem se manter ao longo do ano.
*Alessandro Danesi é médico pediatra e head nacional de pediatria da Brazil Health
(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

Fonte.:Saúde Abril


