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29 de dezembro de 2025

‘Cobri 40 guerras e nunca vi um ano tão preocupante quanto 2025’

‘Cobri 40 guerras e nunca vi um ano tão preocupante quanto 2025’

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Integrantes da guarda de honra do Exército de Libertação Popular da China

Crédito, Maxim Shemetov/EPA/Shutterstock

Legenda da foto, No caso da China, o presidente Xi Jinping tem feito poucas ameaças diretas recentemente contra a ilha autogovernada de Taiwan

    • Author, John Simpson
    • Role, Editor de assuntos internacionais da BBC News
  • Tempo de leitura: 10 min

Conteúdo sensível: Este artigo contém uma descrição gráfica da morte que alguns leitores podem achar perturbadora.

Ao longo da minha carreira, iniciada nos anos 1960, cobri mais de 40 guerras ao redor do mundo. Vi a Guerra Fria atingir o seu auge e, em seguida, simplesmente evaporar. Mas nunca testemunhei um ano tão preocupante quanto 2025; não apenas porque vários grandes conflitos estão em curso, mas porque está ficando claro que um deles tem implicações geopolíticas de importância sem precedentes.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que o conflito atual em seu país pode escalar para uma guerra mundial. Depois de quase 60 anos acompanhando conflitos, tenho a desagradável sensação de que ele pode estar certo.

Volodymyr Zelensky (centro) fala à imprensa na cidade de Bucha, a noroeste da capital ucraniana, Kiev, em 4 de abril de 2022

Crédito, AFP via Getty Images

Legenda da foto, O presidente da Ucrânia alertou que o atual conflito no país pode se transformar em uma guerra mundial

Governos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão em alerta máximo diante de qualquer sinal de que a Rússia esteja cortando cabos submarinos responsáveis pelo tráfego eletrônico que mantém seus países em funcionamento. Drones russos são acusados de testar as defesas de membros da Otan. Hackers desenvolvem métodos para tirar do ar ministérios, serviços de emergência e grandes corporações.

Autoridades no Ocidente têm convicção de que os serviços secretos russos assassinam ou tentam assassinar dissidentes que buscam refúgio fora da Rússia. Uma investigação sobre a tentativa de assassinato em 2018, em Salisbury (Inglaterra), do ex-agente de inteligência russo Sergei Skripal (além do envenenamento fatal de uma moradora local, Dawn Sturgess), concluiu que o ataque foi autorizado no mais alto nível do Estado russo. Ou seja, pelo próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin.



Fonte.:BBC NEWS BRASIL

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