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29 de dezembro de 2025

Após crítica a palco gospel no Rio, sacerdote afro cobra Paes

Após crítica a palco gospel no Rio, sacerdote afro cobra Paes

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A montagem de um palco gospel no Réveillon de Copacabana, no Rio de Janeiro, gerou polêmica neste domingo (28). O motivo seria a suposta “diminuição do protagonismo” do candomblé e de outras religiões de matriz africana na mundialmente famosa festa da virada.

Tudo começou com a postagem de um líder religioso criticando o investimento no palco gospel. Em suas redes sociais, o babalaô (sacerdote) Ivanir dos Santos afirmou que a celebração em Copacabana “só se tornou uma das maiores festas de passagem de ano do mundo” por causa da cultura negra.

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“É muito chato nós sabermos que fomos mais uma vez excluídos, as tradições religiosas e culturais que construíram esta festa não têm recebido a mesma atenção (…). Faço uma pergunta ao prefeito Eduardo Paes: qual foi a política pública feita para as culturas afro-brasileiras?”, provocou Ivanir em seu perfil no Instagram.

A crítica direta à prefeitura foi reproduzida na coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, motivando uma resposta pública do prefeito Eduardo Paes (PSD).

“É impressionante o nível de preconceito dessa gente. O réveillon da praia de Copacabana é de todos! A música gospel também pode ter seu lugar. Assim como o samba, o rock, o piseiro, o frevo, a música baiana, a mpb, a bossa nova…. Cada um que fique no ritmo que mais curte! O povo Cristão também tem direito a celebrar! Amém! Axé! Shalom! Namaste!”, escreveu Paes em sua conta no X, respondendo a uma postagem que reproduzia a coluna de Gois.

O tom da resposta desagradou à jornalista e comentarista da Globo, Flávia Oliveira, que treplicou em sua rede social: “Nível de preconceito ‘dessa gente’. Essa gente que teve a própria festa apropriada por comércio. Essa gente que teve seus saberes em saúde reconhecidos e, posteriormente, destituídos pela mesma Prefeitura. Essa gente que é alvo preferencial de ataques e destruição”, escreveu Flávia.

Paes voltou a se manifestar em seguida, redobrando a aposta: “Como radicalizar uma cidade aberta pra todas as crenças….. Continuo no meu Amém(o meu), Shalom, Axé e Namaste. Depois não entendem…. Vou continuar celebrando todos os cariocas”, finalizou o prefeito.



Fonte. Gazeta do Povo

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