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16 de outubro de 2025

A fraude de cada dia em restaurantes e bares – 16/10/2025 – Cozinha Bruta

A fraude de cada dia em restaurantes e bares – 16/10/2025 – Cozinha Bruta

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O noticiário policial ganhou ares surreais com as recentes descobertas da investigação dos casos de intoxicação por metanol: os falsificadores de bebidas se abasteciam no posto de etanol, que por sua vez estava adulterado com metanol.

Ou seja: o consumidor foi feito de otário ao quadrado —quando não um otário cego ou morto.

Nesse enredo rocambolesco, o bandido que vende birita batizada tomou uma chinela do bandido que vende combustível fraudado. E o seu Zé, que só queria tomar um birinaite, tomou lá onde você já sabe.

Só não dá para colocar a pecha de otário no dono de boteco que comprou o “mé-tanol”. Este sabia muito bem que estava fazendo titica.

A trapaça é prática rotineira nos nossos restaurantes, bares e estabelecimentos afins. Sim, a maioria faz tudo direitinho, mas tem uma patota que não faz —muito mais gente do que seria aceitável.

O metanol foi o exemplo mais agudo e trágico da cultura brasileira de vender gato por lebre.

O azeite, por exemplo. Todo mês a Anvisa tenta tirar do mercado marcas adulteradas com óleo de soja ou coisa pior. Um grande volume dessa batota vai parar na cozinha de restaurantes.

Cardápios anunciam ingredientes que não estão na comida. Grana padano é parmesão ordinário. Presunto de Parma é o similar nacional. Mignon é miolo de alcatra. Bacalhau é peixe mais barato.Tilápia e panga podem ser qualquer peixe mais caro.

Quem vai pesar o hambúrguer para checar se ele tem mesmo 180 gramas? Como saber se a farinha da pizza é mesmo italiana? Como apurar se o requeijão da coxinha é da marca que dizem ser?

São pequenas fraudes, pretensamente inofensivas. Se o cliente nem fica sabendo que foi enganado, que mal há? O episódio do metanol mostrou que a coisa não é bem assim.

Como o assunto é falsidade, a receita da semana é um risoto falso. No lugar de arroz, macarrão com formato de arroz —que os italianos chamam de risoni ou orzo.

Não fica igual a um risoto e é bom que não fique —arroz é arroz, macarrão é macarrão e está tudo bem. Pode usar parmesão genérico mas, por misericórdia, tente fazer com açafrão de verdade.

RISOTO FALSO DE AÇAFRÃO

Rendimento: 2 porções

Dificuldade: fácil

Tempo de preparo: 30 minutos

Ingredientes

  • 200 g de macarrão risoni ou orzo
  • 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
  • 1 colher (sopa) de cebola picada
  • 100 ml de vinho branco seco
  • 500 ml de caldo de carne ou legumes
  • 1 envelope de açafrão em pó
  • 1 colher (sopa) de parmesão ralado
  • Sal e pimenta do reino a gosto

Preparo

  1. Toste o risoni em fogo médio por 3 a 4 minutos, até dourar. Reserve
  2. Derreta metade da manteiga e refogue rapidamente a cebola. Junte o risoni reservado e o vinho. Mexa
  3. Quando começar a secar, adicione um pouco de caldo e o açafrão. Repita o processo até que a massa esteja cozida al dente, mexendo de vez em quando
  4. Desligue o fogo. Acerte sal e pimenta. Junte o parmesão e a manteiga restante. Mexa bem. Tampe a panela de deixe descansar por 3 ou 4 minutos. Sirva quente, como prato principal ou acompanhamento de carnes


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Fonte.:Folha de S.Paulo

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