
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), reagiu às críticas feitas pelo vereador Daniel Monteiro (Republicanos), que questionou a decisão do Executivo de retirar recursos de obras para garantir o pagamento de 1/3 das férias dos professores da rede municipal. Este é direito adquirido em legislação federal e regulamento em Cuiabá no ano de 2020, mas que nunca foi pago, o que deixou um passivo de aproximadamente R$ 30 milhões, segundo o gestor municipal. Confira o vídeo no final da matéria.
Abilio ironizou Daniel por não ter aceitado o convite para assumir a Secretaria Municipal de Educação. “Se ele acha que tem capacidade, que vire secretário e vá lá fazer. Fugiu da raia, não teve coragem de ser secretário e agora quer dar opinião? Palpitar? Assim é fácil”, provocou.
Abilio lembrou que chegou a convidar o parlamentar para assumir a Secretaria de Educação, mas que ele recusou o cargo. “Se ele acha que tem [solução], vira secretário, vai lá e faz. Fugiu da raia, não teve coragem de ser secretário e agora quer dar opinião?”, disparou o prefeito.
A resposta de Daniel veio em tom igualmente duro. Ele classificou a fala como desrespeitosa com o atual secretário e afirmou que não aceitaria uma proposta como a apresentada por Abilio. “Primeiro que é uma falta de respeito com o atual secretário ficar falando esse tipo de coisa. Tem que reconhecer que tem um ótimo secretário lá, então não quero falar sobre isso. Agora, imagina eu na condição de secretário dele e ele propusesse uma lei dessa? Eu já teria saído, teria ficado menos de um mês, porque não aceitaria isso”, disse.
Daniel Monteiro também afirmou que o prefeito tem margem orçamentária para tomar decisões sem comprometer outras áreas. “O prefeito tem a responsabilidade de manusear o orçamento e tem 20% de discricionariedade no orçamento para poder operacionalizar despesas que não estão previstas, tais como esta”, explicou.
O vereador ainda retrucou: “Ele tá falando para eu ser secretário, né? Mais fácil me eleger prefeito e não terceirizar culpa para ninguém.”
Por fim, o vereador afirmou que não está propondo um embate direto, mas deixou em aberto o desejo de disputar o comando do Palácio Alencastro. “Não tô propondo desafio, a população que tem que falar. Eu não falo pela população, mas se a população quiser, um dia, se Deus quiser, terei a honra de servir essa cidade como prefeito. Mas se um dia eu tiver essa honra, não vou terceirizar a culpa para ninguém”, finalizou.
Fonte.: MT MAIS