O homem acusado de assassinar o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe se declarou culpado nesta terça-feira (28), no início de seu julgamento, três anos após o crime.
“Tudo é verdade”, declarou Tetsuya Yamagami, de 45 anos, perante um tribunal na cidade de Nara, no oeste do Japão, admitindo ter matado Abe em julho de 2022.
Yamagami enfrenta várias acusações, incluindo homicídio e violação das leis de controle de armas por supostamente usar uma arma caseira para matar Abe enquanto ele discursava em Nara.
Quando o juiz pediu que ele se identificasse, Yamagami, vestindo uma camiseta preta, respondeu com uma voz quase inaudível.
No entanto, seu advogado disse que ele contestaria algumas acusações, incluindo a violação das leis de armas.
O assassinato chocou o Japão, um país com poucos casos de violência.
Yamagami aparentemente estava irritado com Abe por acreditar que ele tinha laços com a Igreja da Unificação, que se originou na Coreia do Sul.
O suposto assassino acusou a igreja de levar sua família à falência depois que sua mãe doou quase 100 milhões de ienes (US$ 1 milhão na época) como prova de sua fé.
Se condenado por assassinato, ele poderá enfrentar uma longa pena de prisão.
A pena de morte existe no Japão, mas é frequentemente usada para os casos múltiplos assassinatos.
A decisão é esperada para janeiro.
Fonte.:Folha de S.Paulo


