Após a grandiosa falha na Amazon Web Services na última segunda-feira (20) que afetou milhões de pessoas e empresas, a Amazon detalhou o ocorrido. Por meio de um extenso documento, a gigante explicou que um defeito na automação que gerencia endereços DNS resultou na falha em cascata observada nos últimos dias.

No relatório publicado pela Amazon, a empresa aponta que um defeito latente e oculto acometeu um de seus serviços. Chamado de DynamoDB, esse é um banco de dados usado por clientes para armazenar dados de grande volume, como se fosse um típico armazém de produtos que a própria Amazon usa no marketplace.

O DynamoDB funciona por meio de um sistema automatizado que consegue gerenciar milhares de registros DNS. Esse DNS é um mecanismo da internet que transforma endereços de sites, como “amazon.com”, em um número de IP, mas a automação que faz essa comunicação falhou.

O principal culpado pela falha seria um registro DNS vazio na região de datacenters US-East-1, no estado da Virgínia, nos EUA. Isso gerou uma série de eventos defeituosos, já que o sistema automatizado também não ‘percebeu’ e nem reparou a falha, culminando em um erro que fazia os clientes não conseguirem mais acessar a base do DynamoDB.

Mais de 500 empresas foram afetadas

Todo o problema relacionado à AWS foi um grande efeito cascata que passa integralmente pelo DNS vazio, e a incapacidade da automação corrigir o problema. É como se todos os clientes que usam o serviço não conseguissem mais lembrar o caminho até a base de dados, gerando as instabilidades e quedas de serviços ao redor do mundo.

• A queda gerou a paralisação de operações de grandes empresas, como Mercado Livre, jogos como Fortnite e até companhias aéreas;
• Essa paralisação era sensível já antes das 11h da manhã, e somente perto das 21h que a Amazon conseguiu estabilizar seus sistemas;
• O Amazon Web Services é a divisão de serviços em nuvem da empresa, que fornece poder computacional e bancos de dados para inúmeras companhias;
• Mais de 500 empresas em todo o mundo tiveram seus serviços afetados de maneira total ou parcial;
• Especialistas entendem que a indústria pode ter perdido milhões ou até mesmo bilhões de dólares com o erro;
• Dados de 2022 indicam que mais de 1,4 milhão de empresas utilizam as tecnologias da AWS.

Com um problema desse nível, a Amazon fica em uma posição mais delicada no cenário global, dada a dimensão da falha e as perdas financeiras envolvidas. Em 2024, um apagão cibernético na CrowdStrike também deu muita dor de cabeça para usuários, e teria afetado quase 10 milhões de computadores.

E aí, você foi afetado pela queda global da AWS? Comente nas redes sociais do TecMundo e fique ligado no site para se manter bem informado.