O governo federal identificou um recuo por parte de Cláudio Castro após suas críticas sobre a falta de apoio na megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro. Análise é de Clarissa Oliveira no Live CNN.
“Ficou ontem, na fala de Cláudio Castro, muito evidente a ideia de transferir pelo menos parte da responsabilidade para o governo federal”, destaca a analista de Política da CNN. “Mas, na visão do palácio do planalto, já houve um recuo por parte do governador do Rio, porque ele chegou a telefonar para a ministra Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, para esclarecer suas falas”.
Durante o contato, indicou que sua intenção não era criticar o governo federal, mas buscar um diálogo para encontrar soluções conjuntas para a situação crítica no Rio de Janeiro.
Diálogo e expectativas
No Palácio do Planalto, a percepção é de que Castro “baixou a bola” em relação às suas declarações iniciais. A expectativa é que se estabeleça um diálogo mais consistente entre as administrações estadual e federal, especialmente considerando que, segundo o governo federal, não houve comunicação prévia sobre a realização da operação.
A discussão sobre uma possível Garantia da Lei e da Ordem (GLO) deve passar por uma reunião com Lula, tendo como premissa a necessidade de uma solicitação formal por parte do governo do Rio de Janeiro. “Na visão dos interlocutores do governo Lula, é necessário analisar a situação específica do Rio de Janeiro agora. Não adianta o governador dizer que o presidente é contra e por isso nem precisaria pedir. Não há esta posição dentro do palácio do planalto, muito pelo contrário”, avalia Clarissa.
O ministro Ricardo Lewandowski planeja uma visita ao Rio de Janeiro para conversar com a equipe de Castro e entender melhor as necessidades do estado. O governo federal considera fundamental que o governador faça formalmente um pedido de apoio, o que também implica em assumir a responsabilidade política pela situação no estado.
Fonte: CNN Brasil


