Em entrevista ao programa Café com a Gazeta do Povo, desta quinta-feira (29), o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que acredita na aprovação da anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 tanto na Câmara dos Deputados quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, trata-se de uma “causa humanitária”.

“Eu penso que, se o tema for pautado pelo presidente Hugo Motta, será aprovado. Da mesma forma, se levado ao STF, também será. Agora, precisa ser colocado para discussão. Antes a desculpa eram as assinaturas para a urgência, mas nós conseguimos. Por que não colocar em discussão agora?”, questiona.

Lopes enfatiza que a anistia não se resume a uma pauta partidária, mas engloba questões que impactam diretamente a democracia e a liberdade de todos os brasileiros. Ele lembra do caso de Débora Rodrigues, que escreveu com batom a frase “perdeu, mané”, na estátua “A Justiça”, no dia 8/1, em Brasília, e comparou com a fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Será que escrever em uma estátua com batom é mais grave do que a fraude do INSS? Foram 14 anos de prisão para a Débora e zero investigação contra o roubo aos velhinhos do país. Estamos no rumo certo? Tenho certeza que não”, afirma.

STF marca julgamento do recurso de Débora Rodrigues contra condenação pelo 8/1

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 6 de junho o julgamento do recurso da cabeleireira Débora Rodrigues contra a condenação de 14 anos de prisão pela vandalização da estátua da Justiça com batom durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

O julgamento será realizado no plenário virtual da Corte até o dia 13 de junho, na modalidade em que os ministros apenas depositam os votos sem debate.

A defesa de Débora pede que ela continue a cumprir a pena em casa, afirmando que ela já passou 2 anos e 11 dias presa em regime fechado e foi transferida para a prisão domiciliar apenas no final de março deste ano. Também fizeram questionamentos técnicos e solicitaram a devolução de equipamentos eletrônicos apreendidos.

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