3:27 PM
18 de novembro de 2025

Ariana Grande e Cynthia Erivo aumentam emoção em “Wicked 2”; o que esperar

Ariana Grande e Cynthia Erivo aumentam emoção em “Wicked 2”; o que esperar

PUBLICIDADE


A segunda parte da adaptação cinematográfica de “Wicked”, um dos maiores sucessos da Broadway, chega aos cinemas nesta quinta-feira (20), trazendo o desfecho da trama de Elphaba (Bruxa Má do Oeste) e Glinda (Bruxa Boa do Norte). A CNN já pôde conferir o longa-metragem e traz detalhes do que esperar.

A trama de “Wicked” funciona como um prelúdio do clássico “O Mágico de Oz” e acompanha a história de Elphaba (interpretada no filme por Cynthia Erivo), uma jovem que, por ter a pele verde, é mal interpretada e ainda não conhece seu verdadeiro poder, e de Glinda (Ariana Grande), uma mulher popular e ambiciosa que ainda não descobriu sua verdadeira identidade.

 

As duas se conhecem na Universidade de Shiz, na Terra de Oz, e se tornam amigas. Em “O Mágico de Oz”, Elphaba e Glinda são Bruxa Má do Oeste e Bruxa Boa do Sul, nesta ordem.

O primeiro filme da adaptação estreou em novembro de 2024. Na época, agradou os fãs do musical e a crítica especializada, rendendo ainda indicações de atuação para Cynthia Erivo e Ariana Grande no Oscar.

O sucesso, a química entre as atrizes e alta fidelidade da obra cinematográfica dirigida por John M. Chu gerou expectativas e fãs aguardam ver e se emocionar com algumas das cenas mais icônicas do teatro nas telonas.

O que esperar sobre “Wicked: Parte 2”

História mais profunda

O primeiro filme abordou os acontecimentos exatos do primeiro ato do espetáculo da Broadway — das primeiras interações das bruxas até o clímax com a canção “Defying Gravity”, na qual Elphaba foge e se esconde dos julgamentos de Oz.

O novo filme começa como o segundo ato da peça: com Glinda sendo o rosto da positividade de Oz e Elphaba a grande inimiga.

No teatro, a segunda parte da história possui apenas uma hora de duração. Agora com duas horas, a produção cinematográfica ganha espaço para aprofundar tramas, personagens e performances musicais.

Histórias apresentadas quase que superficialmente na Broadway, como o destino dos animais capturado e impedidos de falar, têm espaço para brilhar e se apresentarem ao público de forma mais detalhada. A quem acha o ritmo da parte 2 muito apressado, as coisas no filme se apresentam com a devida calma com que devem ser tratadas.

Os dilemas de Elphaba e Glinda também possuem mais substância emocional. As duas possuem mais tempo de tela para que os traumas venham à tona e tragam mais sentido ao jeito e trajetória das personagens.

No caso de Glinda, por exemplo, há espaço para a história da personagem quando mais jovem, vivida por uma atriz mirim, em que ela tenta, a todo custo, agradar e trazer alegria a todos, reforçando o desejo que ela tem de levar positividade a todos.

A fidelidade da história continua alta. A quem sabe as tramas e até mesmo as falas dos personagens de cor, deve ficar bastante satisfeito. Diálogos clássicos da obra conseguem ser exatamente os mesmos.

Performances musicais

Além das novas tramas, performances musicais inéditas, ou seja, exclusivas para o filme, ajudam a contar tudo sobre o novo ato. Elphaba ganha um solo sobre sua luta pela retomada de Oz (“No Place Like Home”), enquanto Glinda performa uma canção sobre estar presa à conceitos antigos de ambição — e como ela deve se libertar deles (“The Girl in the Bubble”).

As duas podem demorar um pouco a cair no gosto do público, já que não são as “clássicas que funcionam”, mas aqui há destaque para “The Girl in the Bubble”, que é um grande ápice e virada de chave para Glinda.

Já as faixas amplamente conhecida pelos fãs do musical, como “Thank Goodness”, “No Good Deed” e “For Good”, prometem impressionar, com uma potência ainda maior que o teatro.

Do humor ao drama

Ariana Grande e Cynthia Erivo agora intensificam o drama na história. Ainda há o humor clássico do teatro, e bastante prevalente no primeiro filme, mas a carga emocional é evidentemente maior.

As atrizes — cujas performances vocais foram amplamente elogiadas na produção anterior — retornam assumindo papéis agora mais complexos. A amizade entre as personagens, antes marcada pela descoberta e pela construção de identidades, evolui para um vínculo testado por escolhas políticas, sacrifícios e rivalidades que definem o destino de Oz.

Há destaque para as atuações de Grande e Erivo que, ainda que elas tenham filmado os dois filmes no mesmo período, são bem diferentes.

Oscar para Ariana Grande?

Alguns dos principais veículos especializados apostam na indicação e vitória de Ariana Grande na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar 2026.

“Cynthia Erivo está magnífica, mas preparem-se para Ariana Grande, que eleva a performance a outro patamar e entrega uma atuação magistral”, publicou Jazz Tangcay, da revista Variety.

A atriz chegou a adaptar a voz e os trejeitos para dar vida à Glinda e conseguiu entregar a essência bem-humorada da personagem no primeiro longa-metragem. No segundo, Ariana Grande consegue atingir a virada de chave para o peso dramático das escolhas e sentimentos de Glinda, entregando uma nova faceta em pouco tempo. A estrela se torna, de fato, um dos maiores destaques do novo filme.

O “grand finale”

Clayton Davis, também da revista Variety, disse que os fãs não estavam “preparados para o dueto de ‘For Good'”. E, de fato, se a música performada por Glinda e Elphaba consegue ser emocionante no teatro, no filme ganha novos elementos para evidenciar a paixão que envolve a amizade das duas.

Prestes a terem seus destinos separados, as personagens ganham cenas e falas diferentes da peça ainda mais emocionantes. Para fãs que se emocionam com o desfecho da obra, algumas lágrimas devem rolar junto aos créditos.

Cenários grandiosos à la “O Mágico de Oz”

A fotografia e o cenário da obra fazem jus ao “Mágico de Oz” de 1939. Assim como o clássico estrelado por Judy Garland, o filme de “Wicked” construiu tudo do zero, com o mínimo de CGI, para a ambientação da história.

Elementos vistos durante a jornada de Dorothy ao reino não ficam de fora e ainda ganham elementos novos, com muita cor – e flores. Mais de 9 milhões de tulipas foram plantadas e cultivadas no norte da Inglaterra, onde a produção foi filmada, para criar o campo de tulipas gigantesco que aparece no filme.

A produção também expande visualmente o mundo de Oz, com efeitos especiais mais ambiciosos e cenários inéditos, reforçando o contraste entre as duas protagonistas: de um lado, a exuberância luminosa de Glinda; de outro, a simplicidade Elphaba forçada a viver na escuridão.

E a trama de “O Mágico de Oz”?

Para quem espera ver mais de Dorothy e companhia, o que fica reservado é exatamente o que se vê no teatro, apenas um vislumbre de outra história, que não é foco, apenas um breve complemento e acontece alheio à história das personagens.

“Wicked” foi um livro lançado em 1995 e adaptado para o teatro em 2003. Suas estrelas originais incluíam Idina Menzel como Elphaba e Kristin Chenoweth como Glinda. A produção original da Broadway venceu três Tony Awards, enquanto o álbum com a trilha sonora recebeu um Grammy.

Ao longo dos anos, o musical foi ganhando novos ares, com novo elenco, chegando a ganhar uma versão até mesmo no Brasil, em 2016, com as atrizes Fabi Bang, como Glinda, e Myra Ruiz, como Elphaba.

Até o momento, a crítica especializada aclama o filme. Dentre as principais reações, o destaque fica por conta dos números musicais, dignos da Broadway, o final épico e a atuação de Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba).

“Wicked: Parte 2” estreia quinta-feira (20) nos cinemas.

Assista ao trailer de “Wicked:0 Parte 2”



Fonte: CNN Brasil

Leia mais

Rolar para cima