Valdemiro não tem diagnóstico de superdotação e passou boa parte da infância com dificuldades de leitura e escrita. Mas foi justamente o esforço constante que o levou a conquistar 40 medalhas em olimpíadas científicas, representar o Brasil em eventos nacionais de ciência e, agora, treinar como astronauta análogo.
Astronautas análogos participam de missões espaciais simuladas, em que seguem diversos protocolos, além de simularem a rotina fora da Terra de forma experimental, inclusive com roupas semelhantes às usadas por astronautas.
A transformação do menino tímido em embaixador do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) começou com uma prova, a da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Desde então, Valdemiro cruzou o país, conheceu centros de pesquisa, discursou em Brasília e recusou bolsa em uma escola renomada por não conseguir ficar longe da família.
Hoje no primeiro ano do ensino médio, Valdemiro já passou por treinamentos de sobrevivência, pilotagem de drones e resgate simulado. Agora se prepara para uma missão mais complexa, que pode levá-lo ao topo da carreira como astronauta análogo —um feito raro até entre adultos com formação em engenharia e ciência espacial.
Da sala de aula no interior às medalhas nacionais
Valdemiro começou a chamar atenção ainda no ensino fundamental, quando estudava no povoado Coqueiro, também zona rural de São Bernardo. Apesar das dificuldades com leitura e escrita, era um aluno curioso, cheio de perguntas e sede de aprender.
Fonte.:UOL Tecnologia.: