O ator Eric Dane, que mais cedo neste ano revelou ter recebido um diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), foi visto recentemente em uma cadeira de rodas, preocupando os fãs a respeito da rápida progressão da sua doença neurodegenerativa.

A imagem, divulgada originalmente pelo tabloide britânico Daily Mail, veio a público pouco depois de Dane participar de um evento de conscientização sobre a ELA. Na ocasião, o ator conhecido por interpretar o médico Mark Sloan na série Grey’s Anatomy prometeu “lutar até o último suspiro” para poder ver suas filhas “crescerem, se formarem na faculdade, se casarem e até mesmo ter netos”.

Saiba mais sobre a ELA e como ela evolui.

O que é a esclerose lateral amiotrófica

A ELA é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, levando a uma atrofia progressiva dos músculos. Quando ocorre mais tarde na vida, como é o caso de Eric Dane, sua evolução costuma ser rápida, caracterizando-se pela perda dos movimentos voluntários do corpo em poucos meses.

Conforme a esclerose lateral amiotrófica progride, os pacientes começam a ter problemas para falar, caminhar e se alimentar sem ajuda. Com o passar do tempo, funções fundamentais para a manutenção da vida, como a respiração, também são afetadas. A doença leva à morte, geralmente em poucos anos após o diagnóstico.

Não há certeza sobre o que desencadeia a ELA em algumas pessoas, mas parece haver um componente genético por trás do quadro. A doença não tem cura e os medicamentos disponíveis buscam, principalmente, retardar a progressão dos sintomas, aumentando a qualidade de vida.

Várias técnicas inovadoras seguem em estudo ao redor do mundo, tentando encontrar maneiras de melhorar o prognóstico de pacientes acometidos pela ELA.

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Doença costuma evoluir rapidamente

A nova foto de Eric Dane chamou atenção para uma triste realidade de grande parte dos pacientes acometidos pela ELA: a rápida progressão do quadro.

O ator abriu o jogo sobre o diagnóstico em abril e, em junho, revelou em outra entrevista que já havia perdido o movimento do braço direito. Agora, em outubro, a imagem na cadeira de rodas levou a especulações de que sua marcha já estaria sendo impactada pela doença.

A grande maioria dos pacientes com ELA costuma apresentar uma piora definitiva que leva à morte em um intervalo de três a cinco anos após o diagnóstico. Nesse período, o quadro passa de uma simples fraqueza muscular para a atrofia, e a seguir leva à progressiva perda de mobilidade e autonomia.

Casos como o do físico Stephen Hawking, que viveu por 55 anos depois de saber que tinha a doença, são muito raros: em geral, uma sobrevida acima de uma década só é possível em situações incomuns, quando a ELA se manifesta precocemente. Normalmente, porém, o quadro costuma ser identificado somente após a quinta década de vida. É o caso de Eric Dane, hoje com 52 anos.