
Isabelle Tate, atriz que apareceu no primeiro episódio da recém-lançada série 9-1-1: Nashville, morreu aos 23 anos no começo desta semana por complicações de uma doença neurológica rara.
Nesta quinta (23), representantes da jovem estrela confirmaram que ela enfrentava a doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida pela sigla CMT.
A morte de Tate, que deve receber um tributo no próximo episódio da série (ainda sem previsão de lançamento no Brasil, a expectativa é que os episódios venham a ser disponibilizados no Disney+), chamou atenção para uma condição pouco conhecida.
Entenda melhor a doença.
O que é a doença de Charcot-Marie-Tooth
A doença de Charcot-Marie-Tooth é uma condição genética hereditária que leva a danos nos nervos periféricos do corpo. Por isso, o CMT por vezes é chamado de neuropatia periférica hereditária.
Apesar do nome sugerir uma coisa só, na verdade essa doença se refere a um grupo de problemas distintos.
Em geral, o CMT é caracterizado por fraqueza muscular que se manifesta nas extremidades do corpo, podendo também haver uma sensação de dormência nos pés, mãos e braços. É comum que pessoas com essa condição apresentem dificuldades para caminhar.
Os sintomas podem surgir em qualquer idade, mas é recorrente que os primeiros sinais apareçam ainda na infância ou adolescência. Em uma postagem no Instagram em 2022, Tate contou que descobriu a doença aos 13 anos e vinha precisando recorrer a uma cadeira de rodas em alguns momentos.
Na maioria dos casos, a doença de Charcot-Marie-Tooth não é considerada capaz de levar a complicações fatais. Mas, em algumas situações menos comuns, as disfunções neuromusculares também podem levar a problemas que afetam fala, deglutição e respiração, o que aumenta os riscos de problemas mais sérios.
Não se sabe exatamente o que ocorreu com Isabelle Tate, mas a informação divulgada à imprensa afirmava que ela sofria com um tipo raro de CMT.
Como o CMT é diagnosticado
A suspeita de CMT costuma surgir a partir dos sintomas e do histórico familiar da doença. Quando se sabe que a pessoa tem parentes com essa condição, pode ser indicado um teste genético, inclusive antes do aparecimento dos sintomas.
Sem uma suspeita prévia, a investigação do quadro costuma envolver testes que buscam avaliar o funcionamento dos músculos e nervos, como uma eletroneuromiografia. Uma biópsia dos nervos periféricos também pode ser indicada para aprofundar a investigação.
Tem tratamento?
A doença de Charcot-Marie-Tooth é progressiva e incurável. Na maioria dos casos, porém, ela não é considerada fatal, e diversas opções de tratamento podem ser indicadas para aliviar os sintomas e propiciar maior qualidade de vida para quem convive com a condição.
O tratamento pode envolver fisioterapia e terapia ocupacional para lidar com as dificuldades de movimento. Quando a doença afeta a fala, um acompanhamento com fonoaudiólogo também é indicado. Alguns medicamentos podem ser empregados para lidar com as dores associadas à condição, e dispositivos ortopédicos podem ser indicados para facilitar a mobilidade.
Pessoas que sofrem com alterações na marcha por conta do CMT também podem passar por cirurgia ortopédica para corrigir eventuais deformações que prejudicam ainda mais os movimentos.
O melhor acompanhamento depende de avaliação individualizada, definindo o tratamento de acordo com os sintomas que mais afetam cada paciente.
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Fonte.:Saúde Abril


