
Como o nome já indica, a bambuterapia é um tipo de massagem que utiliza rolos de bambu para aplicar a pressão em pontos específicos do corpo. Aliado a óleos específicos com diferentes alegações, a prática promete resultados como relaxamento e remodelação corporal.
Devido à semelhança com a drenagem linfática, o ideal é que se consulte um profissional de confiança antes de realizá-la. Do ponto de vista da ciência, não há benefícios comprovados pelo uso do bambu na comparação com outras opções terapêuticas.
Como funciona a bambuterapia?
Quem se submete à bambuterapia passa por uma massagem inicial de relaxamento curta, destinada a preparar o corpo. A partir daí, o terapeuta aplica varas de bambu por todo o corpo, concentrando-se em áreas com gordura e celulite mais evidentes.
A bambuterapia promete combinar os benefícios da drenagem linfática comum com relaxamento muscular, e é encontrada normalmente em spas. Ela pode ser realizada somente com um rolo ou também várias peças de diferentes tamanhos e formas para se adaptar ao corpo do paciente.
Às vezes o bambu também é aquecido previamente, o que supostamente permitiria que o calor penetre nos músculos e propicie ainda mais relaxamento. São utilizados movimentos ritmados e suaves, no sentido das fibras musculares e do sistema veno-linfático.
É importante dizer que, durante o procedimento, não deve haver dor ou desconforto. Se isso acontecer, pode ser que muita pressão esteja sendo aplicada, e o ideal é interromper o processo.
Afinal, a terapia funciona?
Há pouquíssimos estudos que se debruçaram acerca da bambuterapia. Apesar de promessas que vão desde tratar dores até remodelar o corpo e reduzir celulites, não há resultados significativos amparados pela ciência.
A massagem em si até pode trazer benefícios, especialmente em relação a dores pelo corpo, mas o benefício não necessariamente vem do uso do bambu. Ou seja: técnicas diferentes talvez sejam mais efetivas. Já para as outras alegações, é preciso um olhar cético.
Por exemplo, no caso das celulites, apesar de algumas massagens funcionarem como coadjuvantes por atuarem na drenagem linfática, elas não fazem milagres. Veja aqui detalhes de tratamentos respaldados para a celulite.
Ocorre que, mesmo as massagens terapêuticas – para tratar dores, por exemplo – e aquelas focadas em drenagem linfática são realizadas de formas específicas.
No primeiro caso, a ideia é realizar movimentos que afetem positivamente o local, promovendo relaxamento muscular e melhorando a circulação. Elas podem integrar, de forma complementar, o tratamento de alguns tipos de dores.
Já a drenagem linfática realiza movimentos visando aumentar a velocidade com que a linfa percorre os dutos do corpo. Ela sempre é direcionada a algum gânglio e em direções específicas, de forma mais suave que a massagem comum.
Como escolher o melhor método?
O potencial de relaxamento ainda pode fazer com que a bambuterapia acebe sendo procurada frente a outras técnicas. Mas, em qualquer cenário, tanto a bambuterapia quanto outras formas de massagem devem ser feitas por um profissional habilitado.
O ideal é entender os tipos de massagem disponíveis para o que você busca aliviar, e quase sempre integrá-las a outras terapias mais consolidadas pela ciência.
Mesmo a drenagem linfática mais comum possui certas contraindicações, outro ponto que exige atenção. Pessoas com infecções e febre, pressão baixa, hipertireoidismo não tratado, asma brônquica e câncer não devem realizá-la.
A drenagem também não reduz gordura corporal e nem “remodela” o corpo, mas pode diminuir edemas e proporcionar menor retenção de líquidos.
Como a bambuterapia costuma ser considerada um método próximo da drenagem linfática, considere as mesmas contraindicações na hora de decidir se vale a pena investir nela.
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Fonte.:Saúde Abril


