7:51 AM
24 de junho de 2025

Banha de porco é mais saudável do que óleo v…

Banha de porco é mais saudável do que óleo v…

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A banha de porco é um ingrediente presente na rotina de muitos brasileiros. Uma das opções de gorduras usadas para fritar ou refogar outros alimentos (e há até quem goste de passá-la direto no pão), ela é famosa por dar um sabor especial a muitas receitas. Mas também é conhecida por ser rica em gorduras saturadas, o que costuma colocá-la na lista de vilões da saúde.

Agora, alguns estudos vêm tentando demonstrar que a história não é bem assim, e que a banha poderia até ser benéfica para o seu corpo. Será mesmo? Em primeiro lugar, é bom deixar claro que a banha não é uma opção saudável quando comparada à maioria das alternativas no mercado, mas também não é “a pior” gordura disponível.

Entenda melhor a polêmica.

+Leia também: O que é a gordura saturada e quanto você pode consumir

A raiz do problema: gordura saturada e insaturada

Para começar a elucidar a questão, vale recordar que nem toda gordura é igual. Banha, óleo e outros ingredientes gordurosos usados rotineiramente na alimentação são compostos por gorduras saturadas e insaturadas (estas, por sua vez, são diferenciadas em monoinsaturadas e poli-insaturadas).

Em linhas gerais, as gorduras insaturadas são aquelas consideradas boas para a saúde. Elas estão relacionadas ao chamado “colesterol bom”, o HDL, enquanto combatem o acúmulo do “colesterol ruim”, o LDL e o VLDL, além dos triglicerídeos. As gorduras saturadas, por outro lado, fazem o inverso.

Embora todos os ingredientes ricos em lipídios tenham gorduras dos dois tipos, a proporção varia muito. A banha está no grupo considerado mais rico em gorduras saturadas, sendo, portanto, mais danosa à saúde. Mesmo que ela também conte com algumas gorduras insaturadas que podem trazer benefícios isoladamente, o perfil lipídico da banha como um todo a torna menos interessante do que outras alternativas.

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Banha é melhor ou pior do que óleo vegetal?

Uma boa regra geral para avaliar quais alimentos são mais benéficos para a saúde é a dosagem de gorduras saturadas e insaturadas – quanto mais a balança pender para o lado das insaturadas, melhor. Quase todos os óleos vegetais contam com uma contagem menor de gorduras saturadas e maior de insaturadas do que a banha (e que outras opções de gordura animal).

Considerando as opções frequentes, normalmente o óleo mais saudável no mercado é o azeite de oliva. Mas a banha de porco perde não só para ele, e sim para a maioria das alternativas. Comparando aos alimentos gordurosos mais comuns, ela geralmente só tem um perfil mais interessante do que a manteiga ou o óleo de coco.

Recentemente, um antigo estudo de 2010 voltou a ganhar as manchetes por um “resultado surpreendente”, indicando que pessoas submetidas a uma dieta com banha de porco apresentaram marcadores mais saudáveis do que quem utilizou óleo de soja, após 45 dias.

Essa pesquisa, porém, não é estatisticamente relevante e não permite que suas conclusões sejam extrapoladas: envolveu a análise de apenas duas pessoas e não se refere a outros óleos vegetais.

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De modo geral, diferentes estudos ao redor do mundo vêm associando há décadas uma dieta mais rica em gorduras animais a uma maior mortalidade por doenças cardiovasculares.

Um estudo conduzido por pesquisadores chineses e escandinavos publicado no ano passado, por exemplo, acompanhou 407 mil pessoas ao longo de 24 anos demonstrou um risco até 30% menor de morte por doenças cardiovasculares em pessoas com maior ingestão de gorduras vegetais.

Cuidados com a banha de porco

Os riscos associados à banha de porco não significam que você deve bani-la da sua alimentação, mas a chave é a moderação: ela não deve ser a única gordura utilizada no preparo da sua comida, nem deve substituir opções mais saudáveis.

Considere como uma opção para acrescentar sabor pontualmente a algumas receitas. E priorize outros óleos mais ricos em gorduras insaturadas no cotidiano, especialmente se já sofrer com colesterol e triglicerídeos altos, ou se tiver comorbidades que aumentam os problemas cardiovasculares.

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Fonte.:Saúde Abril

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