O governo Biden introduziu o CHIPS Act em 2022, uma lei que recebeu apoio bipartidário. A norma destinou apoio federal e subsídios generosos para empresas como Intel, Taiwan Semiconductor Manufacturing Corporation (TSMC) e Samsung para aumentarem a produção em solo americano.
Dado que a Samsung é da Coreia do Sul e a TSMC é de Taiwan, a Intel representa a perspectiva mais óbvia em termos de produção nos EUA.
No entanto, a Intel tem sido assolada por problemas nos últimos anos. Ela enfrenta dificuldades para competir com a TSMC na fabricação dos semicondutores mais avançados para clientes externos e também não conquistou uma fatia do mercado de chips de dados de inteligência artificial (IA), dominado pela Nvidia. Suas receitas têm sido fracas e o preço de suas ações vinha caindo – após o anúncio da Casa Branca, elas subiram mais de 6% na sexta-feira.
Trump, que faz muitas críticas ao CHIPS Act, chegou a pedir a renúncia do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, no início de agosto, mas mudou de abordagem após se reunir com ele e a proposta de o governo adquirir ações da empresa ganhar força.
Segundo um comunicado da Intel, os recursos do governo americano para comprar as ações virão parcialmente de subsídios que haviam sido oferecidos pelo CHIPS Act e de outras fontes.
Para Sujai Shivakumar, a Intel é a única empresa sediada nos Estados Unidos com chances reais de recuperar o domínio americano na fabricação de chips avançados. Ele avalia que o potencial da empresa justifica a intervenção do governo americano.
Fonte.:UOL Tecnologia.: