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Introdução
O ex-presidente Bolsonaro passará por cirurgia para tratar hérnia inguinal e soluços persistentes. A matéria detalha o que é a hérnia, suas causas, a importância da cirurgia como tratamento definitivo e os diferentes tipos de procedimento, da laparoscopia à cirurgia aberta, e seus pós-operatórios.
- Bolsonaro foi internado em Brasília para cirurgia de hérnia inguinal
- O procedimento ocorre nesta quinta (25), com internação prevista de 5 a 7 dias
- A cirurgia foi autorizada após avaliação médica indicar risco de agravamento
- Hérnia inguinal é o escape de tecido ou intestino por falha na musculatura da virilha
- Nem toda hérnia exige cirurgia imediata, mas operar é a única solução definitiva
- A correção reposiciona o órgão e fecha a falha, geralmente com uso de tela cirúrgica
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Resumo gerado por ferramenta de IA treinada pela redação da Editora Abril.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta quarta-feira (24) no hospital DF Star, em Brasília, onde deve passar por cirurgia para correção de uma hérnia inguinal e tratamento de um quadro de soluços persistentes.
O procedimento está previsto para esta quinta-feira (25) e, segundo os advogados do político, a internação deve durar de cinco a sete dias.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após avaliação médica da Polícia Federal indicar a necessidade de intervenção cirúrgica para evitar o agravamento do quadro.
A seguir, entenda o que é a hérnia inguinal, por que ela surge, em quais situações a cirurgia se torna necessária e como ela é feita.
O que é hérnia inguinal
Uma hérnia acontece quando parte de um órgão ou tecido interno “escapa” por uma abertura ou área enfraquecida da musculatura. Isso ocorre, na maioria das vezes, na parede abdominal e pode envolver gordura ou até uma alça do intestino.
Na hérnia inguinal, a falha está na aponeurose, tecido que permeia a camada de gordura do abdômen e vai do mamilo até a virilha. Entre os fatores que contribuem para o surgimento da hérnia estão excesso de peso, esforço físico repetido, prisão de ventre e tosse crônica.
A aponeurose é uma espécie de cimento que segura os órgãos no lugar. Quando esse tecido enfraquece, ele pode se abrir aos poucos, criando uma falha por onde algo acaba escapando.
Esse “vão” provoca um inchaço visível sob a pele, formando um volume arredondado, como se fosse um caroço. No caso da hérnia inguinal, isso acontece na região da virilha, onde há uma passagem natural entre o abdômen e a pelve, no canal inguinal.
Na maioria das vezes, quem acaba saindo do lugar é uma parte do intestino.

Como tratar a hérnia? Sempre precisa operar?
Segundo a Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal (SBH), nem toda hérnia abdominal (grupo o qual a inguinal faz parte) precisa ser operada de imediato. Estudos recentes mostram que, em pacientes bem selecionados e sem dor, o acompanhamento clínico pode ser uma opção segura.
Ainda assim, de acordo com a entidade, a cirurgia é o único tratamento capaz de resolver o problema de forma definitiva.
Quando há desconforto, a recomendação é operar o quanto antes. Já nos casos sem sintomas, a decisão pode ser tomada com calma, levando em conta o tipo de hérnia e a saúde do paciente.
É que o surgimento da hérnia não é sinal de doença e não tende a oferecer risco imediato de vida. No entanto, a maioria delas tende a causar sintomas com o passar do tempo.
Sem tratamento, há risco de complicações graves. Por exemplo, a parte do intestino (ou outro órgão que gerou a protuberância) presa pode necrosar ou provocar uma obstrução no órgão.
+Leia também: O que é uma hérnia inguinal e como ela é corrigida?
Como é feita a cirurgia de hérnia?
O procedimento é considerado relativamente simples. Aliás, a correção de hérnia é a cirurgia abdominal mais popular. Só nos Estados Unidos, são 700 mil operações ao ano, em média.
O processo consiste em reposicionar o órgão no seu devido lugar e realizar o fechamento do defeito. Abaixo, veja o passo a passo, conforme apresentado em reportagem de VEJA SAÚDE:
1. Plano de contenção
Desde o final dos anos 1980, a correção da hérnia é feita inserindo uma tela que cobre o buraco. Na cirurgia por vídeo, a laparoscopia, o médico faz três pequenas incisões na barriga: em duas, coloca pinças para manejar o órgão de volta para o lugar; na terceira, insere uma câmera.
2. Ajuste dos órgãos
Com a ajuda da câmera, o cirurgião visualiza a região e reposiciona os órgãos para dentro do anel herniário. Depois aproxima com as pinças os lados separados pelo buraco. Pelo mesmo equipamento que leva a câmera, insere uma tela para segurar o tecido no lugar.
3. Caso fechado
Essa tela, enrolada como um tapete de ioga, é desenrolada pelas pinças e acomodada para tampar o orifício. Feita de um material sintético chamado polipropileno, ela não chega a ser totalmente absorvida pelo corpo, mas se integra ao local. De lembrança, ficam apenas três pequenas cicatrizes.

Tipos de cirurgia
A cirurgia pode ser realizada de duas maneiras. Além da cirurgia laparoscópica, também é possível realizar o procedimento por cirurgia aberta, que ainda é a mais comum.
O primeiro tipo, como visto, é feito com pequenos cortes. Nessa técnica, um gás é insuflado no abdômen para criar espaço e permitir o uso de instrumentos delicados, com realização de sutura e/ou colocação da tela. O método tende a causar menos dor, acelerar a recuperação e permitir um retorno mais rápido às atividades.
As desvantagens da laparoscopia são a necessidade de anestesia geral, o custo mais elevado e o fato de ser um procedimento mais complexo.
Já a cirurgia aberta tem como vantagens o menor custo e a possibilidade de ser feita com anestesia local. Por outro lado, costuma provocar mais dor no pós-operatório e exige um tempo maior de recuperação.
De todo modo, a escolha da técnica ideal deve ser feita com acompanhamento médico, considerando o tipo de hérnia e o perfil do paciente.
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Fonte.:Saúde Abril


