O Brasil deve atingir em 2026 um recorde de 32,3 milhões de toneladas na produção de carnes de frango, bovina e suína, volume 0,8% maior que o de 2025, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O novo patamar supera o recorde já previsto para 2025, de 32,06 milhões de toneladas. Mesmo com a queda esperada na produção de carne bovina, o crescimento será garantido pelos números históricos de frango e suínos.
O Brasil segue como maior fornecedor mundial de carne de frango e bovina, além de ocupar a quarta posição em carne suína.
Para 2026, a produção de frango deve subir 2,8%, chegando a 15,9 milhões de toneladas, enquanto a suína deve avançar 3,6%, totalizando 5,8 milhões de toneladas. Já a bovina deve recuar 3,6%, somando 10,6 milhões de toneladas, o menor volume desde 2023. A queda vem após o recorde de 11 milhões de toneladas em 2024, reflexo do encarecimento da arroba e do aumento do abate de fêmeas, o que reduziu a reposição de bezerros.
No comércio exterior, as exportações também devem bater recorde em 2026, alcançando 11 milhões de toneladas, alta de 2,9% em relação a 2025. A expectativa é de embarques de 5,4 milhões de toneladas de frango (+2,5%), 4,1 milhões de bovina (+2,4%) e 1,5 milhão de suína (+5,2%).
Segundo Gabriel Correa, gerente de fibras e alimentos básicos da Conab, o avanço nas exportações deve ocorrer mesmo diante da tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos, já que os maiores frigoríficos brasileiros possuem operações próprias no mercado norte-americano. Além disso, a China continuará a puxar a demanda, absorvendo mais da metade da carne brasileira exportada e compensando parte da redução nos embarques para os EUA.

A carne bovina, que foi recorde em 2024, com um total de 11 milhões de toneladas, teve seu período de reversão de ciclo iniciado este ano, o que resultará em leve retração
Agência Brasil | 17:12 – 18/09/2025
Fonte Noticias ao Minuto