O Brasil venceu neste domingo (24) a medalha de prata na série mista —três arcos e duas bolas— no Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, disputado pela primeira vez na América do Sul, no Rio de Janeiro.
A medalha reforçou a melhor campanha do país na competição. Na final do conjunto geral, disputada neste sábado (23), o Brasil já havia conquistado outra prata, a primeira medalha da história do conjunto do país em Mundiais, o campeonato mais importante da modalidade depois dos Jogos Olímpicos.
O grupo formado por Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, Sofia Pereira e Nicole Pircio fez uma apresentação impecável na final da série mista e garantiu a nota 28.550, superior à registrada no sábado, na disputa do conjunto geral, quando obtiveram 27.850.
A apresentação, mais uma vez embalada por “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó, voltou a fazer a torcida da Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio, se levantar para cantar o hit e apoiar as atletas brasileiras.
Por uma diferença mínima na pontuação, a Ucrânia (28.650) levou a medalha de ouro. A China ficou com o bronze, com nota 28.350.
“Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. Elas foram perfeitas. Não tem coisa mais linda que isto: o Brasil dentro de quadra, essa performance, com essa torcida. É só gratidão”, comemorou a técnica Camila Ferezin logo depois da apresentação.
Mais cedo, a equipe não teve o mesmo desempenho na série com cinco fitas, primeira apresentação das brasileiras neste domingo. As atletas cometeram erros graves e mostraram desempenho bastante inferior à apresentação do dia anterior, obtendo a nota 22.850 —no sábado, o quinteto alcançou 27.400.
A China conquistou a medalha de ouro no aparelho (pontuação de 27.550), o Japão venceu a prata (26.650) e a Espanha levou o bronze (25.950). O Brasil terminou na sexta posição entre oito países.
Maria Eduarda Arakaki afirmou que a apresentação da série mista foi a melhor série que a equipe já fez. “Ainda mais depois da fita, em que a gente não conseguiu mostrar a série que a gente queria e não saiu satisfeita porque sabia que podia mais”, afirmou.
“É muito rapidão a final. De uma hora para a outra, você tem que trocar de aparelho —se foi bom, se foi ruim , vai ter que fazer de novo. A gente conseguiu muito rápido voltar para o foco. A gente tinha em mente que o que a gente queria era finalizar esse Mundial em casa da melhor maneira possível honrando todos os brasileiros. Não poderia ter sido melhor. Foi perfeito.”
Fonte.:Folha de S.Paulo