As 38 cadernetas de viagem do Imperador D. Pedro II estão sendo restauradas no Museu Imperial, em Petrópolis (RJ). O Ministério Público Federal (MPF) realizou, na última quarta-feira (13) uma vistoria nos trabalhos de restauração.

Os documentos são reconhecidos como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As cadernetas estão em estado frágil devido ao tempo.

O processo de restauro passa pelos processos de higienização, restauração, reconstituição, encadernação, acabamento e tratamentos específicos de conservação e restauração para reparar perdas e danos.

“Os trabalhos de restauração acontecem no bicentenário do nascimento do Imperador D. Pedro II e asseguram que esse acervo raro permaneça acessível para as futuras gerações”, explica a procuradora da República Vanessa Seguezzi.

A execução do projeto está a cargo da empresa R C Gonçalves Encadernação e Restauro “Obra Rara” e os trabalhos ocorrem no Laboratório de Conservação e Restauração do próprio Museu Imperial.

Os recursos para viabilização do projeto foram decorrentes de um acordo firmado pelo Ministério Público Federal e atende à proposta apresentada pelo Museu Imperial.

O prazo total para conclusão dos trabalhos é de quatro meses e, ao final, será elaborado relatório técnico completo do processo de restauração.

Conteúdo das cadernetas

As cadernetas de viagem de Dom Pedro II, que foi imperador do Brasil entre 1831 e 1889, contêm detalhes das transformações ocorridas no século XIX, com as inovações tecnológicas e as referências culturais da era moderna.

Os documentos também trazem a visão do imperador acerca dos eventos históricos de sua época, suas reflexões e observações das transformações do mundo.

*Sob supervisão de Thiago Félix