Nesta quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou do audiência na Câmara dos Deputados para falar sobre as medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, a sessão foi encerrada após parlamentares da oposição tentar provocar Haddad e tumultuar o debate realizado de forma conjunta pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira.
O ministro apontou que os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) fizeram críticas ao governo para fazerem ‘recortes para redes sociais’ e saíram da sessão sem debater as pautas econômicas.
“Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, [veio aqui] só para aparecer. Pessoas falaram, ‘agora tenha maturidade’. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazê-lo mudar de ideia… Esse tipo de atitude não é boa. Venho aqui para debater. Esse tipo de atitude de alguém que quer aparecer na rede e some. É um pouco de molecagem, e isso não é bom para a democracia”, disse Haddad.
Nas redes sociais, a atitude dos parlamentares de extrema-direita não pegou e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, acabou sendo cobrado por discutir as medidas propostas pela governo. Corte em benefícios de políticos, militares e juízes foram os mais citados por internautas, criticam a postura do Congresso em debater apenas cortes em apoios à população baixa renda. A hashtag ‘HADDAD TEM RAZÃO’ dominou as redes sociais.
“O Hugo Motta quer que o governo Lula corte da comida dos pobres pra garantir o ‘orçamento secreto dos deputados'”, publicou um internauta no ‘X’. “Hugo Motta insiste em atacar o Governo Lula dizendo que se gasta demais, mas ele não abre mãos das emendas parlamentares, do bolsolão (orçamento secreto que o Flávio Dino barrou), dos auxílios que o povo paga! A Câmara e o Senado podem pagar caro nas urnas!”, disparou outro. “Hugo Motta cobra responsabilidade do Governo, mas jogando no colo do povo e taxando os mais pobres. Ele se recusa a cortar de quem ganha mais. Mas suas emendas estão protegidas, não é mesmo?”, questionou outro.
Vale lembrar que estão paradas no Câmara a discussão de diversas medidas de cortes de gastos como ‘fim do fundo eleitoral’, ‘fim dos supersalários’, ‘revisão das contribuições de militares’, entre outros.
Fonte Noticias ao Minuto