Donald Trump mandou instalar placas na chamada “Calçada da Fama Presidencial”, uma galeria de retratos de ex-mandatários dos Estados Unidos na Casa Branca, com provocações e descrições ofensivas dos políticos.

Em setembro, o republicano já havia causado polêmica por ironizar o antecessor Joe Biden e pendurar a foto de uma caneta automática, um aparelho usado para reproduzir assinaturas, em vez da imagem do democrata.

Trump e seus aliados republicanos acusam Biden de ter utilizado de forma excessiva o dispositivo para validar decisões durante sua gestão. Segundo eles, o recurso faria parte de uma estratégia para esconder a suposta deterioração cognitiva do então presidente, que atualmente tem 83 anos.

Agora, a descrição embaixo da foto da caneta diz que “sleepy [dorminhoco] Joe Biden foi, de longe, o pior presidente da história americana”.

O texto diz, sem embasamento, que o democrata venceu “a eleição mais corrupta de todos os tempos”.

A placa de “Barack Hussein Obama”, enfatizando o nome do meio do ex-presidente, diz que ele foi “uma das figuras políticas mais controversas da história americana”. O texto ressalta que ele foi o primeiro homem negro a ocupar o cargo e critica o ex-mandatário por aprovar o que Trump chama de “Lei de Assistência Médica Inacessível” e por assinar o Acordo de Paris sobre o clima.

No caso de Bill Clinton, a placa relembra que a sua esposa, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, perdeu as eleições para Trump em 2016.

Nem mesmo George W. Bush, que é do Partido Republicano, mas não é apoiador de Trump, escapa das críticas. O texto pendurado diz que ele iniciou guerras no Afeganistão e no Iraque, “que não deveriam ter acontecido”.

A placa de Trump exalta sua vitória presidencial em 2024, dizendo que ele superou a “instrumentalização sem precedentes das forças da lei contra ele, bem como duas tentativas de assassinato”. Ela também diz que ele inaugurou a “Era de Ouro da América”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que as placas são uma “descrição eloquente” do legado de cada presidente. “Muitas foram escritas diretamente pelo próprio presidente”, disse ela em comunicado.