A oliveira é uma árvore milenar, conhecida mundialmente pelo seu fruto utilizado na produção do azeite, a azeitona. Cultivada em todos os continentes, especialmente em regiões de clima subtropical ou temperado, a planta também fornece um poderoso aliado à saúde através das suas folhas.
As folhas podem ser usadas para preparar um chá por meio da decocção, erroneamente chamado de chá de azeitona. Na verdade, faria mais sentido nomeá-lo chá de oliveira.
Entre os principais componentes encontrados na erva, da espécie Olea europaea, destaca-se a oleuropeína, um composto fenólico que atua como antioxidante natural. Conheça mais sobre as suas propriedades e benefícios.
+Leia também: 5 óleos para substituir o azeite de oliva, que está caro
As propriedades do chá de oliveira
O cultivo da oliveira remonta há 6 mil anos. A árvore que pertence é a única espécie de oleáceas com frutos comestíveis, utilizados na fabricação do azeite, um ingrediente reconhecido pelos seus benefícios à saúde humana.
Nas azeitonas e nas folhas de oliveira está presente a oleuropeína, um glicosídeo que confere o sabor característico do óleo produzido com as frutas da planta. O composto possui importantes propriedades anti-inflamatórias, antivirais e antimicrobianas.
Pesquisas recentes sobre a oleuropeína realizadas em camundongos apontam que a substância apresenta um potencial neuroprotetor e antidepressivo. Nos testes, a oleuropeína contribuiu para a regulação da corticosterona, um hormônio da mesma classe do cortisol, responsável pela regulação da resposta ao estresse.
As folhas de oliveira também possuem outros polifenóis, tais como o ácido ferúlico, o ácido cumárico e o ácido cafeico, que agem como anti-inflamatórios e antioxidantes. Esses compostos atuam no combate aos radicais livres, auxiliando na prevenção de doenças degenerativas.
Como escolher as folhas para fazer chá de oliveira?
Na hora de colher da árvore ou adquirir as folhas para o chá de oliveira, prefira a colheita realizada durante a primavera e os exemplares que estiverem mais verdes. Um ponto de atenção importante é a procedência das folhas, já que o uso de fungicidas em plantações pode elevar a toxicidade da erva.
Para o chá, o mais indicado é fazer a decocção das folhas secas. A secagem pode ser por desidratação à temperatura ambiente ou no processo de liofilização, que desidrata com o congelamento à vácuo.
Na decocção, as folhas são fervidas junto à água (diferente da infusão, em que elas são inseridas no líquido já quente). O líquido não deve ferver mais por mais de 10 minutos, a fim de garantir a liberação adequada de compostos fenólicos.
No Brasil, a espécie Olea europaea não consta na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em teoria, isso quer dizer que, apesar dos possíveis benefícios, não existem pesquisas suficientes para garantir a eficácia do uso do chá de oliveira em quaisquer tratamentos.
Pessoas com hipersensibilidade ao azeite ou azeitonas, pacientes cardíacos, com insuficiência renal e gestantes devem evitar o chá da folha de oliveira.
Compartilhe essa matéria via:
Fonte.:Saúde Abril