10:37 PM
20 de setembro de 2025

Chá de pau-tenente derruba a glicemia?

Chá de pau-tenente derruba a glicemia?

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São vários nomes populares para a mesma árvore: pau-tenente, pau-amargo, tenente-josé, quássia do Brasil ou, se formos pelo nome científico, Picrasma crenata. Nativa da Mata Atlântica, a planta é conhecida na medicina tradicional em função do chá feito com suas folhas.

Segundo o conhecimento popular, o chá de pau-tenente seria capaz de resolver desconfortos digestivos, combater parasitas e até mesmo ajudar a regular os níveis de glicose no sangue, o que seria útil para o manejo do diabetes. Mas será que ela é capaz de fazer tudo isso?

Conheça mais sobre o chá de pau-tenente.

Benefícios do pau-tenente

O pau-tenente vem sendo estudado por suas propriedades potencialmente benéficas à saúde, com vantagens atribuídas pela cultura ancestral sendo validadas em alguns estudos, como a redução dos níveis de glicose no sangue e suas capacidades antiulcerativas.

No entanto, o chá em si ainda não tem um grande número de pesquisas robustas, e menos ainda envolvendo seres humanos. A maioria dos estudos disponíveis indicando benefícios da Picrasma crenata se refere aos extratos obtidos a partir da planta, que ocorrem em soluções hidroalcoólicas e não têm a ver com a bebida feita em casa.

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A favor do chá, há estudos indicando que ele poderia ter um efeito positivo nos níveis de glicose, no entanto, esse resultado foi observado em ratos. Ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar esse benefício para o manejo do diabetes em seres humanos e definir qual dose seria segura e eficaz para esse objetivo.

Não quer dizer que a sabedoria popular esteja errada, mas ainda não existe um consenso científico de que o chá funciona como prometido, nem em que quantidades ou apresentações o pau-tenente deveria ser utilizado para dar uma ajuda consistente. Em qualquer cenário, mesmo tendo impactos positivos, o chá jamais deve substituir um remédio indicado pelo médico.

Cuidados com a planta

Na internet, ao pesquisar por pau-tenente, é possível que você encontre referências sobre uma parente próxima da árvore encontrada na Mata Atlântica, que também pode ser citada com esse nome: trata-se da Quassia amara, uma planta também presente no Brasil, mas principalmente na região amazônica.

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Apesar de serem espécies diferentes, o que pode gerar confusões, ambas pertencem à família Simaroubaceae, e compartilham muitos dos compostos de interesse medicinal. As principais mudanças têm menos a ver com a espécie em si, e mais pelas condições em que cada planta cresceu, como clima e solo.

Devido à falta de estudos mais aprofundados, o chá é contraindicado para gestantes, crianças ou mulheres que estejam amamentando. Quem tomou o chá e teve qualquer reação adversa deve suspender o uso imediatamente e procurar orientação médica.

Como fazer o chá

O método mais tradicional envolve a casca da árvore, embora também haja quem prefira utilizar suas folhas. A preparação é feita por meio da decocção, com as cascas sendo inseridas na água ainda fria e fervidas junto com ela.

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Não há uma dose consolidada, mas a recomendação costuma ser entre uma a duas colheres de sopa da casca para cada litro de água.

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Fonte.:Saúde Abril

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