7:58 AM
7 de novembro de 2025

Chianti Classico reforça identidade com nova geração de tintos

Chianti Classico reforça identidade com nova geração de tintos

PUBLICIDADE


O Chianti Classico, região-símbolo entre Florença e Siena, vive um momento de renovação histórica.

O destaque está na categoria Gran Selezione, criada em 2014 com a safra 2010, como o novo topo da pirâmide qualitativa, acima do Annata e da Riserva. O objetivo é claro: valorizar vinhos de origem exclusiva dos vinhedos do produtor, com seleção rigorosa de uvas, longo envelhecimento (mínimo de trinta meses) e expressão do terroir.

Desde sua estreia, a Gran Selezione foi um sucesso imediato de mercado e de crítica, consolidando-se como a face mais prestigiada do Chianti Classico.

Em poucos anos, tornou-se referência em leilões, cartas de restaurantes e coleções privadas, dando ao território um reconhecimento comparável ao das grandes denominações europeias.

Dentro da pirâmide, as categorias Annata e Riserva permanecem fundamentais.

O Chianti Classico Annata deve ter no mínimo doze meses de envelhecimento antes de ser comercializado, com uvas majoritariamente sangiovese (mínimo 80%, podendo incluir variedades locais ou internacionais).

Continua após a publicidade

O Chianti Classico Riserva exige pelo menos 24 meses de envelhecimento, incluindo três meses em garrafa, além de rendimentos mais restritos, resultando em vinhos mais estruturados e aptos ao envelhecimento.

Depois de uma década, o topo da pirâmide, a Gran Selezione, se aprimora com novas regras.

O percentual mínimo de sangiovese sobe de 80% para 90%, e os 10% restantes só podem ser completados por castas autóctones da Toscana, como colorino, canaiolo ou mammolo — proibindo definitivamente variedades internacionais como cabernet ou merlot.

Além disso, para ter o selo é preciso produzir com uvas de vinhedos próprios, reforçando o vínculo entre vinho e território.

Outro passo crucial é a introdução das UGAs (Unità Geografiche Aggiuntive), subzonas oficialmente reconhecidas que podem figurar nos rótulos dos Gran Selezione.

Continua após a publicidade

Assim como nas regiões da Borgonha ou de Champanhe, a menção ao local passa a ser ferramenta de diferenciação e prestígio.

As onze UGAs aprovadas são: Castellina, Gaiole, Greve, Radda, San Casciano, San Donato in Poggio (inclui Barberino Tavarnelle e Poggibonsi), Castelnuovo Berardenga, Panzano, Lamole, Montefioralle e Vagliagli.

Cada uma traz uma identidade própria.

A ideia é que os consumidores possam identificar nuances locais dentro do mosaico do Chianti Classico.

Essas mudanças não surgem por acaso: respondem a uma demanda global por vinhos de origem mais precisa e identidade cultural clara.

Continua após a publicidade

Vinhos Toscana
Sugestões de rótulos (Reprodução/Divulgação)

Famiglia Zingarelli Tenuta Fizzano Chianti Classico Gran Selezione Il Crocino 2021: produzido por Rocca delle Macie, do vinhedo Il Crocino, elaborado com 90% sangiovese e 10% de colorino. Amadurece parte em tonéis e parte em barricas, por vinte meses. Rubi escuro. Aroma de cereja preta, madeira nova, notas terrosas, especiarias. Paladar de bom corpo, com taninos firmes, ótima acidez, para guarda. R$ 599,90, na Grand Cru (lojas físicas).

Continua após a publicidade

Carpineto Chianti Classico Riserva 2019: elaborado com 80% sangiovese mais canaiolo e outras castas, com doze meses em barricas de carvalho. Cor granada. Aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias, café e cedro. no paladar, tem estrutura firme, acidez vibrante e taninos polidos, já pronto, mas pode evoluir. R$ 235,18, na Wine.

Continua após a publicidade

Publicado em VEJA São Paulo de 7 de outubro de 2025, edição nº 2969.

BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:

IOS: https://abr.ai/comerebeber-ios

ANDROID: https://abr.ai/comerebeber-android

Compartilhe essa matéria via:



Fonte.: Veja SP Abril

Leia mais

Rolar para cima