12:19 PM
24 de setembro de 2025

Com novos atletas em destaque, tênis cresce em popularidade no país

Com novos atletas em destaque, tênis cresce em popularidade no país

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Após a febre do beach tennis, agora são as versões de quadra e mesa que estão em alta.

E a modalidade para saibro e grama pega carona no êxito de atletas como João Fonseca, Luisa Stefani e Bia Haddad.

Em 2025, o SP Open marcou o retorno da cidade de São Paulo ao circuito da WTA (Associação de Tênis Feminino), o principal órgão que organiza o circuito profissional de tênis feminino pelo mundo.

E para além dessa projeção do esporte, sua versão amadora ganha adeptos em todas as faixas etárias e classes sociais — o projeto Massificação Maria Esther Bueno, em São Paulo, que oferece aulas gratuitas, viu um aumento de 25% na procura.

“Nosso compromisso é formar não apenas campeões, mas também cidadãos que encontrem no esporte um caminho de desenvolvimento e transformação”, afirma Alexandre Faria, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

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Confira uma entrevista com Faria sobre a ascensão da modalidade:

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Como a CBT avalia o momento atual do tênis no país nos últimos anos?

O tênis brasileiro vive um momento de clara ascensão. Nos últimos anos, registramos um crescimento consistente em todos os indicadores: número de praticantes, atletas federados, clubes e torneios realizados.

Dados levantados pela Confederação Brasileira de Tênis mostram que, em pouco mais de uma década, o número de filiados praticamente dobrou, e o calendário nacional de torneios passou a oferecer oportunidades regulares em todas as regiões do país.

Além disso, a explosão de inscrições em competições como o GA, GA+ e Copas das Federações confirma que há uma nova geração chegando em massa às quadras, fortalecendo a base e garantindo sustentabilidade para o futuro.

Atletas como Bia Haddad, João Fonseca, Luisa Stefani e Thiago Wild representam uma nova e promissora geração. Quais são os principais desafios enfrentados por jovens atletas para se profissionalizar?

Essa nova geração é motivo de enorme orgulho, mas também de conscientização sobre os desafios que nossos jovens enfrentam. A transição da base para o profissional exige alto investimento em viagens, acompanhamento multidisciplinar e acesso a competições internacionais de nível elevado. Muitas vezes, a barreira financeira e a distância geográfica se tornam obstáculos.

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É nesse ponto que entra o papel da CBT, criando programas de desenvolvimento, articulando parcerias e garantindo que mais talentos brasileiros tenham condições reais de competir no cenário mundial.

Qual o impacto de bolsas de incentivo governamentais (Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte) para o crescimento do esporte no país?

Esses mecanismos são fundamentais. O Bolsa Atleta, por exemplo, representa a possibilidade de jovens promissores manterem foco total no treinamento e competição, sem que dificuldades financeiras comprometam sua evolução.

Já a Lei de Incentivo ao Esporte tem permitido que projetos estruturantes, voltados tanto para o alto rendimento quanto para a formação de base, saiam do papel. Em conjunto, essas iniciativas criam um círculo virtuoso: mais oportunidades, mais atletas em atividade e mais resultados internacionais.

+Leia Também: Os benefícios do tênis para a terceira idade

O tênis ainda é visto como um esporte elitizado no Brasil. Quais são as ações da CBT para democratizar o acesso?

Esse é um estigma que estamos superando. O tênis brasileiro não é mais restrito a clubes tradicionais ou a um público específico. Hoje temos projetos sociais espalhados pelo país, programas como o Tennis Kids e o JTI (Junior Tennis Initiative), que levam raquetes e bolas adaptadas para dentro das escolas públicas, democratizando o acesso desde cedo.

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A CBT acredita que o tênis precisa ser inclusivo e acessível. Nosso compromisso é claro: formar não apenas campeões, mas também cidadãos que encontrem no esporte um caminho de desenvolvimento e transformação social.

Qual o impacto de torneios internacionais sediados no Brasil?

Enorme. A presença de torneios da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), WTA e ITF (Federação Internacional de Tênis) no Brasil não só inspira jovens atletas, que têm contato direto com grandes nomes do circuito, como também fortalece a economia do esporte e projeta a imagem do país no cenário internacional.

Eventos desse porte deixam um legado em termos de visibilidade, estrutura e motivação. Cada vez que recebemos um torneio internacional, plantamos a semente de novos sonhos e damos visibilidade à força do tênis brasileiro.



Fonte.:Saúde Abril

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