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12 de agosto de 2025

Comer com as mãos também faz parte do ritual de tomar um vinho

Comer com as mãos também faz parte do ritual de tomar um vinho

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Talheres são opcionais — o prazer, não. Comer com as mãos é um gesto ancestral, instintivo, quase infantil. Evoca liberdade, festa, informalidade.

Da pizza à coxinha, do sushi ao hambúrguer, passando por petiscos de eventos, há um vinho certo para cada mordida.

A taça, afinal, também se segura com as mãos.

Comecemos pela pizza, símbolo máximo do prazer tátil. De uma margherita clássica a uma calabresa bem temperada, o vinho ideal deve ter acidez.

Um tinto leve e frutado — pense em um sangiovese, gamay, dolcetto, barbera jovem ou até um pinot noir sem madeira — limpa o palato e acompanha sem brigar com tomate, queijo e gordura.

Subindo o tom, frituras e salgadinhos pedem espumantes.

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E não é clichê: a acidez e o perlage são como detergentes sensoriais. Pense em coxinhas, bolinhas de queijo ou pastéis.

Um espumante brut rosé vai dar conta do recado com frescor e um toque frutado que harmoniza bem com massas e recheios mais untuosos.

Nos eventos com bandejas circulando e comida em movimento, a categoria finger food é um festival de contrastes: miniquiches, espetinhos, tartare, canapés com frutos do mar, cogumelos ou foie gras.

Os vinhos mais versáteis brilham: rosés gastronômicos, brancos com alguma estrutura (como um chardonnay com leve madeira) e espumantes com maior tempo sur lie.

A dica é optar por vinhos com boa acidez, pouco tanino e sem excessos de álcool ou doçura — o famoso curinga.

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E o hambúrguer? Ele merece respeito e um tinto com mais pegada.

Um syrah, um merlot ou um tempranillo jovem fazem bonito com carnes grelhadas, bacon, queijo e molhos doces ou picantes.

A textura do vinho deve acompanhar a da mordida: suculenta, intensa, prazerosa.

Importante lembrar que comer com as mãos não significa abrir mão de elegância.

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É um ritual de prazer tátil, que merece rótulos expressivos, mas não excessivos, capazes de acompanhar a alegria sem dominar o palco.

Comida de rua, piquenique, balcão de bar, festa entre amigos — todos pedem opções vibrantes e acessíveis.

O luxo está na liberdade de tomar o vinho sem cerimônia. 

Vinhos
Sugestões de rótulos (Reprodução/Divulgação)

Ponderado Pinot Noir 2023. Da Bodegas Lopez y Morena de Castilla-La Mancha, Espanha. 100% pinot noir. De cor vermelha rubi. Aromas de frutas vermelhas, como morangos, e nota vegetal. Paladar de corpo leve, acidez baixa, frutado, macio, pronto para beber, com apenas 12% de álcool. R$ 49,90, na Evino.

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Carpineto Chianti Classico 2022. Do produtor Carpineto, da Toscana, Itália. Elaborado com sangiovese, cabernet sauvignon e outras uvas, passa de quatro a seis meses em barricas de carvalho. Rubi entre claro e escuro. Aroma de frutas frescas, cereja, alcaçuz, notas florais. Paladar de médio corpo, boa acidez, taninos de média estrutura, gastronômico. R$ 206,94, na Wine.

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Publicado em VEJA São Paulo de 8 de agosto de 2025, edição nº 2956

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Fonte.: Veja SP Abril

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