Comer fora de casa está pesando cada vez mais no bolso. Em algumas capitais, almoçar todos os dias fora pode consumir até 70% do salário mínimo.

E estamos falando de refeições comuns, não de luxo. Já uma marmita bem montada em casa — com arroz, feijão, legumes e uma proteína — pode custar menos de R$ 10. Em alguns casos, chega a R$ 3 a R$ 7 quando preparada em lote.

Essa diferença tem levado muita gente a repensar a rotina. A marmita, antes vista como sinônimo de aperto, ganhou um novo significado: o de autonomia. Cozinhar mais em casa permite controlar gastos, ingredientes e até a quantidade de sal e gordura. Pequenos hábitos fazem grande diferença: cozinhar em maior quantidade, variar temperos, usar alimentos da estação e montar combinações simples, mas saborosas.

E há outro mito que precisa cair: comer bem não exige itens caros ou modismos. Grande parte dos alimentos mais “poderosos” do ponto de vista nutricional — feijão, arroz, ovos, legumes, frutas da estação, batatas, lentilhas — são justamente os mais acessíveis.

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Por que cozinhar em casa pode ser a melhor estratégia

A questão não é apenas econômica. É sobre reassumir o controle da própria alimentação. Planejar minimamente a semana, aproveitar sobras, congelar porções e montar marmitas práticas transforma não só o orçamento, mas também a relação com a comida.

No fundo, cozinhar mais em casa é um gesto simples que devolve equilíbrio para o bolso — e para a rotina. E, num momento em que comer fora ficou tão caro, essa pode ser justamente a solução mais leve, possível e inteligente.

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5 ideias de marmitas práticas e acessíveis

• Arroz + feijão + ovo cozido + legumes salteados (cenoura, abobrinha, chuchu);
• Cuscuz nordestino + frango desfiado + vinagrete de tomate, cebola e alho com salsinha;
• Arroz + feijão + carne moída com batata + salada de repolho verde e roxo;
• Purê de batata-doce + omelete + brócolis e couve-flor ao alho;
• Polenta mole + molho de sardinha + salada de tomate e pepino;
• Batata cozida + carne moída com cenoura + couve salteada.