
Por 17 votos a 5, a Câmara Municipal de Várzea Grande abriu uma CPI contra a prefeita Flávia Moretti (PL) para investigar uma possível irregularidade político-administrativo por usar a logo da atual administração nos uniformes escolares, se transformando em publicidade da própria gestão Moretti.
Segundo a denúncia apresentada por Pedro Augusto Rodrigues Costa, o slogan da administração fere o princípio da impessoalidade, abuso de poder e caracterizando improbidade administrativa.
Após a votação, o presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB) fez o sorteio para a Comissão Processante, ficando como presidente Cleyton Sardinha (MDB), Carlinhos Figueiredo (Republicanos) como relator, e Enfermeiro Emerson (PP) como membro.
Durante a discussão, o vereador Charles da Educação (União) afirmou que já havia alertado a secretaria municipal de Educação e a gestão Moretti sobre possível ilegalidade no uso de slogan da própria administração, o que caracterizaria possível promoção pessoal da prefeita.
“Em julho a gente fez esse oficio, alertando a questão do slogan da prefeita nos uniformes das crianças. Então hoje está aqui para apurar. E nós como vereados temos que apurar para ver se ela infringiu a lei ou não”, disse o parlamentar.
O líder da prefeita Moretti na Câmara, vereador Bruno Rios (PL), questionou a votação, já que segundo ele, só teve acesso minutos antes da votação. Ele chegou a pedir vista, porém, a Mesa Diretora rejeitou o pedido. Apenas os vereadores Cleyton Sardinha, Bruno Rios, Caio Cordeiro (PL), Rosy Prado (União) e Jânio Calistro (União), foram contra o pedido.
Após a votação, o presidente da Câmara, Cerqueira, afirmou que a denúncia seguiu os ritos legais e por isso entrou em votação. “É o papel do Poder Legislativo. Nós precisamos votar e o Plenário deliberou. Infelizmente infringiu a lei e o Plenário acatou a denúncia”, disse o presidente nesta terça-feira (18). Questionado sobre a posição do líder da prefeita, o presidente disse que ele fez o papel de advogado da gestão. “A Comissão vai apurar e fazer um relatório. Mas a denúncia já está no Ministério Público”, completou.
Fonte Jornal de Mato Grosso


