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24 de outubro de 2025

Como preparar a juventude para o futuro? – 24/10/2025 – Papo de Responsa

Como preparar a juventude para o futuro? – 24/10/2025 – Papo de Responsa

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Falar sobre juventude no Brasil é falar sobre contrastes. É reconhecer a potência criativa e transformadora dessa fase da vida, mas também encarar os desafios que muitos jovens enfrentam para desenvolver plenamente seus talentos e sonhos.

Em comunidades como o Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, esses desafios ganham contornos ainda mais complexos, com obstáculos que vão da falta de acesso a oportunidades à necessidade precoce de assumir responsabilidades de adulto.

Entre esses obstáculos estão questões como violência urbana, exclusão digital, dificuldade de acesso a uma educação de qualidade e barreiras para ingressar no mercado de trabalho.

Segundo o Plano Juventude Negra Viva, lançado em 2024 com a participação de cerca de seis mil jovens de todo o país, essa parcela da sociedade enfrenta vulnerabilidades estruturadas pelo racismo que aumentam a exposição à violência e dificultam o exercício pleno dos direitos.

É nesse cenário que o “Mês da Juventude” se torna mais do que uma data no calendário. Ele é um chamado à reflexão e à ação sobre quais pontes estamos construindo para que os jovens atravessem essas barreiras.

No meu dia a dia, percebo que essa construção acontece com iniciativas que vão desde oficinas de arte, tecnologia e esporte até rodas de conversa que fortalecem vínculos e estimulam o pensamento crítico.

Nosso objetivo é criar condições para que cada jovem se reconheça como protagonista da própria história. Isso envolve cuidado em cada etapa, desde acompanhamento emocional até a conexão com oportunidades concretas, como cursos técnicos, programas de inclusão no mercado de trabalho e experiências que ampliem repertório e visão de mundo.

Ao longo dos anos, já vimos jovens que chegaram desacreditados se tornarem líderes comunitários, empreendedores e educadores. Essas trajetórias mostram que, quando há acesso, escuta e confiança, o potencial floresce e ultrapassa qualquer limite imposto pelo contexto de origem.

No Dia das Crianças e em todos os outros dias, a pergunta que nos move é: que Brasil queremos construir para a nossa juventude? Um país que aceite as desigualdades como inevitáveis ou um que enxergue cada jovem como parte essencial do futuro coletivo?

A resposta está nas pontes que decidimos erguer agora e na certeza de que nenhum deles deve atravessar sozinho.


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Fonte.:Folha de S.Paulo

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