De maneira simplista, essas rotas possuem pontos fixos que devem ser seguidos pelas aeronaves, com o objetivo de melhorar o tráfego aéreo, desviar de obstáculos, ingressar em caminhos para descer aos aeroportos, entre outros.
Antes de decolar, os pilotos devem informar ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo, órgão ligado à Aeronáutica) quais desses caminhos irão seguir durante o voo. E é justamente aqui que o software atua.
Em tablets instalados nas cabines dos aviões, o sistema apresenta aos pilotos recomendações de encurtamento de rotas baseadas no histórico de trajetos já realizados entre pontos fixos de navegação aérea.
Essas indicações são geradas a partir de informações como trajetórias anteriores, planejamento de voo, bases de dados aeronáuticas e até previsão meteorológica. Cabe ao piloto analisar a proposta feita pelo software e pedir autorização ao controle de tráfego aéreo para efetuar a mudança.
Se for autorizado, o avião segue por um caminho mais curto até o destino. Se não, a aeronave continua pela rota original, sem qualquer prejuízo para a operação, já que as rotas já são otimizadas. Em nenhum momento o sistema impõe mudanças: trata-se apenas de uma sugestão baseada em estatística.
Economia de dois anos da ponte aérea
A Azul adotou esse sistema nos últimos meses e já obteve resultados expressivos. Em 2024, apenas otimizando as subidas e descidas, a companhia economizou 15,6 milhões de litros de combustível, volume suficiente para abastecer os aviões da empresa por dois anos para realização da ponte aérea Rio-São Paulo.
Fonte.:UOL Tecnologia.: