A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou nesta sexta-feira (12) os ataques antissemitas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. A entidade classificou as manifestações como “alarmantes” e lembrou que a legislação brasileira tipifica o antissemitismo como crime.
O magistrado foi alvo de ofensas antissemitas nas redes sociais na quarta-feira (10), enquanto lia seu voto pela anulação do julgamento do chamado “núcleo 1” da ação penal em análise pela Corte. As postagens, publicadas no Instagram e no X, em formato de obituário, traziam críticas e referências a ele ser judeu e “sionista”.
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Segundo a Conib, a religião do ministro não pode ser usada como instrumento de ataque político. “Pode-se concordar ou não com suas decisões, mas atacá-lo por ser judeu é crime”, destacou a confederação em nota.
A entidade também chamou atenção para o crescimento dos episódios de intolerância contra a comunidade judaica no país.
Dados citados apontam que os ataques antissemitas aumentaram 350% desde 2022, ano do ataque terrorista do Hamas contra Israel.
Para a Conib, a luta contra o antissemitismo faz parte do combate mais amplo aos discursos de ódio e deve ser compartilhada por toda a sociedade.
Confira a íntegra da nota:
“É alarmante a explosão de ataques antissemitas contra o ministro Luiz Fux. Pode-se concordar ou não com as suas decisões no STF, mas atacá-lo por sua religião é crime segundo a legislação do nosso país. Ataques contra a comunidade judaica brasileira cresceram em 350% desde 2022. A luta contra o antissemitismo e os discursos de ódio é uma só luta, e uma luta de todos.“
Fonte. Gazeta do Povo